Rafter solta o verbo e pede menos privilégios para jovens na Austrália

Garantidos no Grupo Mundial da Copa Davis, os belgas fizeram a festa sob os olhares da torcida australiana

Não foi apenas a equipe brasileira que decepcionou a torcida e se viu obrigada a passar mais um ano no Grupo Zonal da Copa Davis. Jogando em casa e sob olhares de Patrick Rafter, a Austrália, desfalcada de Lleyton Hewitt no último dia, sofreu uma inesperada virada diante da Bélgica e ficou fora da elite pelo quarto ano seguido.

Vendo o declínio do tênis no país, Rafter rasgou o verbo e disse que o problema está no excesso de privilégios dado aos jovens tenistas no país. "Nós temos que fazer isto mais difícil para eles (jovens). Eles têm que se esforçar também e há meios para fazer isso", afirmou o tenista bicampeão do US Open (1997/98).

"Dar tudo a eles não está ajudando a encontrarmos soluções. Se eles jogam por eles mesmos, sem técnico, sem nada, por alguns meses e os colocamos com dificuldades na Europa, eles terão que achar soluções e meios de superar isso", garantiu Rafter. "São apenas experiências de vida que eles precisam colocar dentro de quadra", completou.

Rafter ainda lamentou que o sexto do mundo no ranking júnior, Jason Kubler, e outra promessa Bernard Tomic, tiveram que presenciar a derrota. "Eles obviamente estavam ansiosos pela oportunidade de voltar ao Grupo Mundial, então isso significou bastante e foi muito destruidor para eles", lamentou o ex-tenista. "Os belgas jogaram um ótimo jogo na hora certa. Mas acho que poderíamos ter vencido o confronto. Tiveram um ou dois pontos que poderiam virar tudo a favor da Austrália, então foi muito triste e eles devem estar muito machucados hoje", completou.

Com a classificação inédita do Cazaquistão para o Grupo Mundial, a Austrália entrou no sorteio desta quarta-feira já classificada para a segunda rodada do Grupo Ásia/Oceania, onde irá enfrentar Taiwan ou China para tentar voltar à disputa da repescagem do Grupo Mundial em 2011.

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