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Guga é destaque em site da Copa Davis e relembra grandes momentos na competição

Catarinense revelou que torneio o ajudou a impulsionar sua carreira, principalmente após vitória contra a Espanha, fora de casa, em 1999


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Guga jogou pelo Brasil na Davis por mais de 10 anos e ajudou time a chegar às semifinais em 2000
Além dos três títulos em Roland Garros e da inesquecível chegada ao posto de número 1 do mundo, Gustavo Kuerten pode ser resumido em outras poucas palavras - representar o Brasil na Copa Davis. Em 11 anos de participação, Guga venceu 34 jogos e perdeu apenas 18, levando o país às semifinais em 2000, o melhor resultado nacional na competição entre países.

A presença fundamental do catarinense para o seu país foi motivo para que o website da Copa Davis fizesse uma homenagem a Guga nessa sexta-feira. Na série "Davis Cup Idols", produzida pela ITF, o manezinho da ilha relembrou grandes momentos no evento, tanto positivos quanto negativos.

"A Copa Davis teve sempre um grande significado para mim", disse Guga. "Estar lá e representar meu país era uma grande sensação e tive muita sorte de ter a oportunidade de jogar essa competição", acrescentou o ex-tenista, que disputou seu primeiro confronto em 1996.

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Para Guga, Davis ajudou-o a melhorar seu nível na carreira
Para Guga, as primeiras lembranças que aparecem à tona são as duas derrotas consecutivas para a Austrália em 2000 e 2001. No primeiro ano, Guga, Meligeni e Jaime Oncins tentava levar o Brasil à decisão da Davis pela primeira vez, porém pararam na grama rápida de Brisbane. "Foi muito difícil jogar contra a Austrália na grama. Todas as vezes que tínhamos chance, as coisas iam para o outro lado", revelou Kuerten, que fez parte novamente do time brasileiro para o duelo em Florianópolis na temporada seguinte.

"Foi a única vez em que perdemos em Florianópolis, depois de tanto sucesso nos duelos anteriores. A Austrália tem uma grande história na Copa Davis, a experiência deles neste tipo de torneio fez toda a diferença", analisou Guga. Em Santa Catarina, o Brasil perdeu para Lleyton Hewitt e Patrick Rafter pelo placar de 3 a 1 na fase de quartas de final do Grupo Mundial.

Ron C Angle (TPL)
Catarinense jogou pela última vez na Davis em 2007
Para a maioria dos atletas, a Copa Davis é um torneio especial onde o tenista deve lutar contra torcida adversária, pressão, o peso de defender as cores de seu país e as lesões, já que todos os jogos são realizados em melhor de cinco sets por três dias seguidos. Ao lembrar das partidas em que precisou lutar contra dores, Guga não pestanejou - lembrou do jogo inesquecível contra o francês Sebastien Grosjean, em 1999, quando venceu mesmo com cãibras nas duas mãos após mais de cinco horas de batalha.

"[Jogo contra Grosjean] Mesmo sabendo que não foi minha melhor performance, a maneira que vivi a experiência, jogar mais de cinco horas, voltar de uma partida em que poderia perder, sentindo cãibras por todo o corpo, principalmente pelas sensações que sentia dentro da quadra, porque Copa Davis é sentimento puro", opinou o brasileiro.

E é claro o torneio entre nações pode, em muitas vezes, impulsionar a careira de um jogador no circuito. Foi o que explicou Guga em relação à vitória brasileira contra a Espanha, em 1999, jogando em território europeu e contra Carlos Moyá, número 1 do mundo na época, e Alex Corretja.

"Acho que foi o confronto onde joguei meu melhor nível. Acredito que foi a última derrota da Espanha em casa e, na época, ganhei os dois jogos de simples e a dupla também. Então, foi um grande passo para a minha carreira, a Davis sempre me ajudou a apresentar um tênis de melhor nível", concluiu Kuerten, que jogou pela última vez no torneio em 2007, quando fez parceria com André Sá no confronto diante da Áustria pelos Playoffs.

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Da redação

Publicado em 21 de Outubro de 2011 às 12:36


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