Em 'flashback', Agassi revela sobre rivalidade com Becker: "Tinha muito ódio dele!"

Agassi e Becker protagonizaram uma das grandes rivalidades da década de 90, com vantagem para o norte-americano

A poucos dias de disputar a tão aguardada exibição contra Guga no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, o norte-americano André Agassisegue dando suas curiosas declarações a respeito das experiências vividas dentro do esporte. Na última terça-feira, o ex-número um do mundo contou sobre uma de suas principais rivalidades dentro do circuito na década de 90, que construiu contra o alemão Boris Becker.

Alguns poderiam mencionar que o adversário mais chato de se jogar era Pete Sampras, com que também protagonizou duelos históricos nos anos 90 e acabou tendo mais derrotas do que vitórias (Sampras ganhou nove duelos, contra sete de Agassi). Porém, para o ex-jogador natural de Las Vegas, Becker se tratava de um oponente que ele tinha o prazer de vencer, pelo fato do alemão ter feito várias coisas que chatearam Agassi ao longo dos anos. "Em um período da carreira, eu derrotei Boris oito ou nove vezes seguidas. Aí, na primeira vez que ele me venceu, começou a falar mal de mim. Disse que eu era arrogante e não era uma boa pessoa. Aquilo me revoltou. Eu já odiava o tênis e ainda tive que escutar um cara que considerava meu amigo falar mal de mim. Isso me machucou muito, eu tinha muita raiva dele. Jogava contra ele com ódio, não aceitava perder", declarou Agassi.

Porém, algum tempo depois, as duas lendas do tênis mundial resolveram seus problemas, voltaram a conversar e tudo foi esclarecido. "Depois que já tínhamos parado de jogar, estávamos numa festa, tomando uma cerveja, e ele veio me contar que fez aquilo tudo de propósito. Queria me irritar, mexer com o meu psicológico, para tentar me vencer, o que era difícil de acontecer. Disse, até, que eu tinha que fazer a mesma coisa com o Sampras", confessou o vencedor de 60 títulos na carreira.

Por muitas vezes polêmico, o norte-americano fez questão de comentar um pouco sobre a rotina que é necessária para se sobressair no tênis. Para ele, grande parte dos atletas perdeu uma grande fase em suas vidas. "Não tive uma infância e uma adolescência como a dos meus amigos. Para se tornar um grande atleta, a pessoa tem que se dedicar quase que exclusivamente ao esporte. E não era isso o que eu queria. Queria ser um menino normal, queria ir à escola, praticar esportes coletivos. Meu pai achava que o sucesso era conquistar fama e dinheiro, por isso me forçava a jogar tênis. Eu penso diferente, passo aos meus filhos que o mais importante da vida é ser feliz e ajudar os outros", opinou o vencedor de sete Grand Slams.

Agassi sempre foi um jogador com estilo próprio, ousado e até rebelde, em muitas ocasiões. Com uma personalidade extremamente única ao falar o que pensava, acredita que ajudou o tênis e vários outros atletas que vieram após ele, dando um novo sentido à prática do esporte. "Eu fui bom para o tênis. Com certeza, abri portas para novos tipos de fãs e atletas. Acredito que deixei o esporte melhor do que era antes. Ficou mais alegre e espontâneo", concluiu o norte-americano, que inspirou o seu rival do próximo sábado no estilo diferente das roupas coloridas, característica marcante na carreira de Guga.

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PERFIL:Herói? - A autobiografia de Andre Agassi nem havia sido lançada e já causava estragos devido a declarações bombásticas. Muitos se perguntam por que ele fez revelações que podem manchar sua carreira   (Confira!)