Em ano fraco para o país, Del Potro se destaca e eleva mais uma vez o nome da Argentina

No início de 2008, a previsão era de muitos títulos para os jogadores argentinos. Porém, algumas contusões atrapalharam os tenistas locais e a temporada ficou aquém do esperado. Mas, em meio aos problemas de alguns companheiros, Juan Martin de Potro se destacou, colocando o nome do país no mais alto escalão do tênis mundial.

Nos últimos anos, os argentinos sempre se mantiveram entre os melhores do mundo. Diante deste sucesso, a expectativa no país era de grandes conquistas nesta temporada. O tão sonhado troféu da Copa Davis não veio, com uma sofrida derrota para a Espanha dentro de casa. Além disso, os tenistas do país não venceram nenhum Grand Slam e tão pouco conquistaram a Masters Cup de Xangai.

A primeira decepção veio com Juan Mónaco. No começo do ano, o tenista de Tandil brigava para entrar no seleto grupo dos top10. Porém, uma fratura no tornozelo durante uma partida de duplas em Viña del Mar pôs fim a ascensão. Após algum tempo de recuperação, Mónaco voltou às quadras e terminou a temporada como 46 do mundo.

Outro que não rendeu o esperado em 2008 foi David Nalbandian. Após altos e baixos ao longo do ano ,o tenista de Córdoba só encontrou seu bom tênis no final do ano, conseguindo se manter entre os 15 do mundo pela sétima temporada consecutiva.

Em contra ponto aos principais companheiros, Del Potro foi o grande destaque do país. Enquanto os colegas tentavam, sem sucesso, a conquista do ouro olímpico na China, o jovem vencia quatro torneios seguidos, iniciando uma série de 28 partidas de invencibilidade.

Embalado, foi o herói da vitória contra os russos na semifinal da Davis e colecionou importantes vitórias contra tenistas no top10. De quebra, adentrou o grupo dos dez melhores e se tornou o melhor argentino no ranking da ATP - posição ocupada por Nalbandian há mais de três anos.

Em 2009, a expectativa em cima do garoto é grande. Alguns especialistas colocam Del Potro como uma grande ameaça aos melhores tenistas do mundo. Mas, no país, a torcida também é para a volta por cima de nomes já consagrados no tênis mundial, como Juan Ignácio Chela, Gaston Gáudio e Mariano Zabaleta - todos voltando às quadras após um longo período afastados por contusão.