Na ponta do lápis. E do ranking

O ano passado foi marcado por duas histórias paralelas no circuito feminino. Nos Grand Slams, quatro campeãs (Kim Clijsters, Na Li, Petra Kvitova e Samantha Stosur) e sete finalistas (as campãs, mais Francesca Schiavone, Maria Sharapova e Serena Williams. Apenas Na Li fez duas finais) diferentes. Enquanto isso, no Reino da Dinamarca, Caroline Wozniacki ponteou o ranking por praticamente toda a temporada, ficando atrás de Kim Clijsters apenas depois do vice no Premier de Paris, em fevereiro.

Embora seja apenas a oitava do ranking, Radwanska pode assumir a ponta em Melbourne.

Chegamos ao novo ano na expectativa de que Kvitova, campeã de Wimbledon e do WTA Championship, ultrapassasse Wozniacki antes mesmo do Australian Open. No Premier de Sydney - disputado na última semana - bastava o título, mas a tcheca caiu nas semifinais, diante de Na Li. O troféu foi para as mãos de Victoria Azarenka, que embolou ainda mais a briga pela ponta. A russa Maria Sharapova também tem boas chances de sair de Melbourne no topo do ranking. Para quem prefere apostar em zebras, Samantha Stosur e Agnieszka Radwanska têm suas chances matemáticas de chegar lá.

Vamos começar com uma conta simples: Se o título ficar com Caroline Wozniacki, Petra Kvitova, Victoria Azarenka ou Maria Sharapova, a campeã assume a ponta independentemente de quem for a vice.

Facilitando as contas

Este é o ranking oficial do dia 16 de janeiro de 2012 e mostra Caroline Wozniacki 195 pontos à frente de Petra Kvitova.

Excluindo a pontuação obtida no Australian Open do ano passado, temos o cenário abaixo com Kvitova na frente e com Wozniacki e Azarenka empatadas em segundo. Este recurso serve para para facilitar as contas. Assim, todo mundo fica em pé de igualdade na hora de somar.

Comprendido? Então vamos lá!

Descontados os pontos do ano passado, Kvitova fica na ponta.

Caso Kvitova seja semifinalista, terá que torcer para que Wozniacki ou Azarenka não cheguem à final ou que  e Sharapova não seja campeã do torneio pela segunda vez na carreira (ganhou em 2008). Se a tcheca repetir seu desempenho do ano passado e parar nas quartas, Wozniacki ou Azarenka não podem ser semifinalistas; Sharapova, finalista e nem Stosur ser campeã.

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#Q#

Inseparáveis

Amigas desde os tempos em que eram juvenis, Caroline Wozniacki e Victoria Azarenka entram na competição empatadas e, por isso, precisando exatamente das mesmas combinações para que saiam dela na ponta do ranking. Ou seja, quem entre as duas fizer uma campanha melhor (podem se enfrentar nas semifinais) elimina a outra da disputa pela liderança.

As amigas Caroline Wozniacki e Victoria Azarenka precisam exatamente das mesmas combinações de resultados

Vice: Não podem perder para Sharapova ou Kvitova. Se uma for semifinalista e a outra não passar das quartas, Kvitova não pode ser chegar à semi do outro lado da chave, e Sharapova não pode ir à final. Quadrifinalistas: Kvitova não pode chegar às quartas; Sharapova, à final e nem Stosur ao título.

Caso as duas parem nas quartas e as demais combinações configurem um empate, Azarenka assumirá a ponta por ter somado o maior número de pontos em Grand Slams, Premier Mandatory, Premier 5 e WTA Championship. (Excluindo o Australian Open, Azarenka tem 5680 contra 4682 de Wozniacki).

Título pode recolocar Sharapova no topo depois de três anos e meio.

Maria Sharapova esteve próxima de roubar a liderança de Wozniacki no final do ano passado, mas uma lesão no tornozelo esquerdo acabou minando as chances da russa. Além do já citado título, Sharapova pode voltar ao primeiro lugar da tabela (posição que não ocupa desde maio de 2008) se for vice - desde que não perca para Wozniacki ou Azarenka -  ou se parar na fase semifinal. Para isso,  Kvitova não pode chegar às oitavas. Wozniacki ou Azarenka não podem chegar às quartas e nem Stosur erguer a taça.

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Ex número 1 em duplas, Stosur pode liderar o ranking de simples pela primeira vez na carreira.

Atual campeã do US Open, Samantha Stosur não tem um histórico muito animador quando joga em casa. Entretanto, se a australiana (ex-número 1 em duplas) quiser o topo do ranking individual, deverá esquecer o passado e contar com uma ajudinha das rivais. Se for campeã, basta que Wozniacki ou Azarenka não cheguem à final.

Se ficar com o vice: Kvitova não pode passar da primeira rodada, Wozniacki ou Azarenka não podem chegar às oitavas, Sharapova não pode ser semifinalista e Radwanska não pode ganhar o título.

A mais improvável número 1 do mundo seria Agnieszka Radwanska. Para chegar lá, a polonesa precisa ganhar o título  e torcer para que Kvitova não passe da primeira rodada, Wozniacki ou Azarenka não podem chegar às oitavas nem Sharapova às semifinais..

E aí? Algum palpite?

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