Volta
Argentino admite que sente falta das competições e não descarta volta
Derrota na final de Roland Garros em 2004 foi o "começo" do fim da carreira de Coria nas quadras |
Em maio de 2004, no auge de sua carreira, considerado por muitos o sucessor de Guga como "Rei do Saibro", chegava à Roland Garros como grande favorito a vencer na terra batida de Paris. Alcançava a decisão com propriedade e fazia o clássico argentino na Phillipe Chatrier diante da 'zebra' Gaston Gaudio. Com dois sets de vantagem, era esperada uma fácil vitória aos olhos do ídolo Villas nas tribunas. Mas, surpreendentemente, a pressão e as câimbras apareceram e o talentoso hermano se arrastava em quadra, vendo sua maior chance na carreira virar pó e começar um declínio no circuito profissional. Para muitos especialistas, esse fato sobrepõe-se aos nove troféus conquistados e foi um dos fatores que causaram o fim da sua curta jornada no tênis.
Coria chegou a ser terceiro no ranking mundial em 2004 |
Após a melancólica final de Paris, o argentino também começou a sofrer com problemas crônicos no ombro direito, que acabaram minando sua confiança no serviço. Assim, eram normais muitas duplas-faltas em suas partidas, que acabaram dificultando a vida de Coria nos eventos ao longo do ano, o que fizeram com que a decisão da aposentadoria fosse mais coerente. Para os fãs, o argentino não promete o que não irá cumprir, mas deixa claro que gostaria de sentir novamente como é participar de um evento importante dentro do esporte que ama e se diz mais maduro para lidar com a situação. "Sempre tenho a esperança de voltar a jogar uma partida importante. Sei que se retornar, o dia de amanhã será diferente, com outra maturidade. Mas, nesse tempo que estou fora fiquei mais maduro".
E, finalmente, o atleta enfatizou o reconhecimento que tem ainda em seu país por seus feitos e comenta um pouco sobre os projetos em que está envolvido nos dias atuais. "Agora tenho a mente ocupada em projetos e não penso muito em voltar a jogar. Eu nunca disse que havia me retirado definitivamente. Só que hoje me vejo mais longe. Cada vez que passa o tempo, fica mais difícil. Ainda que me dê vontade, porque as pessoas nas ruas pedem minha volta, é muito lindo ver que deixei algo para o tênis".
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Publicado em 10 de Novembro de 2010 às 16:35