Os "quase"

Atp elege os maiores "quase" da década

Conheça os tenistas que quase chegaram lá


Na onda de listas em decorrência do final da década, a ATP publicou nesta quinta-feira mais um ranking inusitado.

Desta vez, a Associação dos Tenistas Profissionais listou os maiores "quases" dos últimos dez ano, ou seja, os tenistas que chegaram muito perto de conseguir grandes feitos, mas acabaram ficando pelo caminho.

Coria lamenta derrpta em Roland Garros
1° Lugar - Coria, em Roland Garros, 2004  Encabeçando a lista está Guillermo Coria. O argentino, que chegou a ser número 3 do mundo e dominou o circuito de saibro antes da chegada de Nadal, de 2003 a 2004, ficou a um passo de ganhar Roland Garros, em 2004.

Naquele ano, Coria chegou como grande favorito a final do torneio, contra seu compatriota Gastón Gaudio, e chegou a vencer os dois primeiros sets da decisão (6-0, 6-3). Nas últimas 38 partidas que disputara em sua superfície favorita, o então "rei do saibro" vencera 37, perdendo apenas um set, para o inglês Tim Henman, na semifinal do Grand Slam francês.

Contra todos os prognósticos, contudo, Gaudio conseguiu mudar completamente a partida a partir do terceiro set, fechando o jogo, ao final por 0-6, 3-6, 6-4, 6-1 e 8-6, se tornando o primeiro argentino a vencer Roland Garros desde Guillermo Vilas, em 1977. Foi a primeira derrota de Coria para compatriotas em 17 partidas. Ao final da partida, o derrotado caiu em lágrimas durante a entrevista coletiva.     

Andy Roddick com troféu de vice campeão em Wimbledon, em 2009
2° Lugar -Roddick,e em Wibledon, 2009 O segundo tenista a chegar mais perto da glória e ver seu sonho se dissipar mesmo assim foi Andy Roddick, na final de Wimbledon, em 2009. Roddick, que já havia sido derrotado duas vezes na decisão do Aberto da Inglaterra por Roger Federer (em 2004 e 2005), chegou mais uma vez à decisão ante o suíço.  Desta vez, contudo, Federer não encontrou a habitual facilidade. Roddick venceu a primeira parcial e, no tie break do segundo chegou a abrir 6 a 2, mas viu o seu rival reagir e empatar a partida.

Mesmo assim, Roddick, que perdeu terceiro novamente no tie Break reagiu, venceu o quarto set e levou a partida para um dos quintos sets mais longos e emocionantes da história. Ao final, por 16-14, Federer conquistou seu sexto troféu de Wimbledon, o 15° Grand Slam em sua carreira, se tornando o maior campeão da história do tênis.  

O francês Paul Henry Mathieu
3° Lugar - França (Mathieu), na Copa Davis de 2002 - Paul Henry Mathieu tinha tudo para se transformar em um herói nacional. Na partida decisiva da Copa Davis, em 2002, diante de sua torcida, ele liderava por 2-0 contra o russo Mikhail Youzhny.   

A perseverança do russo, contudo, impediu que os franceses conquistassem seu terceiro título da Davis. Não que tenha faltado oportunidades. No quarto set, ele esteve a dois pontos da vitória, liderando por 5-4, e com a contagem marcando iguais no saque de Youzhny. Mathieu, porém, não aproveitou as chances que teve e acabou derrotado, em uma partida de 4h e 27 minutos. Foi a primeira vez na história da Copa Davis que um jogador reverteu um desvantagem de 0-2 no último jogo da final.

O norte-americano Micahel Russel
4. Michael Russel - em Roland Garros, 2001 - Finalmente parecia que a hegemonia de Gustavo Kuerten em Roland Garros seria interrompida. E o algoz de Guga até aquele momento era o sujeito mais improvável. Michael Russel, um norte-americano baixinho e sem resultados notáveis no circuito dominou o brasileiro até o final do terceiro set.

Após vencer tranquilamente as duas primeiras parciais (6-3 e 6-4), Russel chegou ter um Match Point a seu favor ao sacar em 5-3 no terceiro. Guga, contudo, quando ninguém mais esperava reverteu o placar, vencendo o terceiro no Tie Break e fechando em seguida, agora sim com facilidade, a partida (3-6, 4-6, 7-6(7), 6-3, 6-1).

Após o jogo, Guga desenhou um coração no saibro da quadra Philippe Chatrier em agradecimento à torcida local, gesto esse que seria repetido na final do torneio, quando o então número um do mundo se deitou na quadra principal do complexo francês em comemoração a mais um título em Paris, o terceiro, desta vez contra o espanhol Alex Correcha.     

Rafter perdeu duas vezes a final de Wimbledon
5 - Rafter em Wimbledon - 2000 e 2001 - Patrick Rafter foi um dos mais hábeis voleadores da história do tênis. Mesmo assim, o australiano não conseguiu triunfar no palco para o qual seu jogo foi moldado, o de Wimbledon. Mas foi por pouco.

Tanto em 2000, contra a Pete Sampras, quanto em 2001, contra Goran Ivanisevic, Rafter esteve perto. No primeiro ano, após eliminar Agassi nas semifinais, o australiano chegou a estar um set a zero na frente e liderando o segundo por 4 a 1.

Sampras, contudo, mostrou porque é o maior nome da história de Wimbledon, ao reverter vantagem do rival fechando o segundo set no Tie Break e, em seguida, a partida, em quatro sets 6-7(10), 7-6(5), 6-4, 6-2. A vitória valeu a Sampras a queda do recorde de Grand Slams conquistado que pertencia a ele mesmo e a Roy Emerson, com 12 troféus.    

No ano seguinte, contra um adversário em teoria menos ameaçador, a história se repetiu. Goran Ivanisevic já perdera três finais em Wimbledon e via naquela partida a última chance de sua carreira de conquistar um Major.

Em jogo realizado na segunda-feira, graças à chuva, Rafter chegou a liderar por 2 a 1, e no quinto set esteve a dois pontos da vitória, quando Ivanisevic sacava em 6-7 e 15-30. Com o saque devastador de sempre, Ivanisevic se safou e conseguiu fechar a partida em 9-7, conquistando seu primeiro e único Grand Slam. Rafter, apesar das duas derrotas, tem dois, no US Open.     

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Felipe De Queiroz

Publicado em 17 de Dezembro de 2009 às 14:57


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