Agassi

"O que este livro fará na vida das pessoas será muito poderoso", diz Agassi

O norte-americano, apesar das críticas que recebeu, acredita que o recém lançado "Open" pode ser um marco para mutos leitores


Andre Agassi nos anos 80
Andre Agassigarantiu que não se arrepende de expor sua vida pessoal em suas memórias recém publicadas nos Estados Unidos, apesar das duras críticas que recebeu da comunidade tenística por declarar, entre outras coisas, que teria feito uso de metanfetamina, no ano de 1997.

Em sua autobiografia, Open, o ex-número um do mundo descreve, também, o profundo ódio que sentia do tênis por conta da pressão por resultados que sofria por parte de seu pai, que lhe obrigava a jogar, a despeito de sua vontade e conta como mentiu para a ATP sobre o já referido uso de drogas.

"Sabia que não seria fácil (contar a verdade), mas repito, nada valioso na vida vem sem um grande sacrifício", disse o tenista, durante o lançamento do livro. "Como você se arrepende de sua vida? Como você se arrepende de dizer a verdade? Está é única chance de que tenho para poder comunicar o poder da minha trajetória. Por isso o livro se chama 'Open'(aberto). E por isso que levei três anos escrevendo ele. Quero que esta situação impacte milhões de pessoas".

Ainda sobre a controvertida declaração de uso de drogas, Agassigarantiu que se houve algum prejudicado nesta questão foi ele mesmo. "Tomei uma decisão que me causou muitos danos", disse. "Durante um ano estive envolvido com essa droga horrível. Não ganhei nada, não fiz nada e sai de tudo".

Comovido                                                                                        Dentre tantas declarações de repúdio de nomes de ícones do tênis, como Roger Federer e Martina Navratilova - que chegou a afirmar que o americano mereceria perder suas medalhas -, Agassi preferiu valorizar as declarações de apoio de "Andy Roddick e Andy Murray, que não apenas entraram em contato como declararam publicamente a respeito de como se sentiam em um momento em que essa posição não era a mais popular a ser adotada".

Agassi que aos 27 anos tomou a decisão de mudar sua vida acredita que, mesmo sendo alvo de tantas críticas, seu livro deve ser capaz de ajudar outras pessoas. "Sinto que tive uma segunda oportunidade e acho que minha história tem um poder real na vida das pessoas, pessoas as quais nunca conhecerei. O que este livro fará na vida das pessoas será muito poderoso".

Se o livro de fato irá revolucionar a vida de tantos como pretende Agassi ainda não se sabe, mas ao menos duas pessoas, ele espera influenciar. "Escrevi este livro pensando neles, principalmente", falou o controvertido Agassi, se referindo aos dois filhos que tem com Steffi Graf.

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Felipe De Queiroz

Publicado em 13 de Novembro de 2009 às 08:39


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