Triste sim, decepcionado não

Federer e Roddick foram ovacionados ao fim do jogo

Embora tenha perdido para Roger Federer pela terceira vez o mais importante troféu do tênis, Andy Roddicknão saiu da quadra de Wimbledon tão infeliz quanto das outras vezes. Apesar dos requintes de crueldade da partida, que se estendeu até o trigésimo game do quinto set, Roddick saiu de quadra sabendo que fez o seu melhor.

Diferentemente do que aconteceu em 2004 e 2005, Roddick fez mais do que simplesmente se utilizar de sua força para desafiar o suíço. A batalha de ontem na quadra central foi, também, uma batalha de habilidade, na qual Roddick não fez feio diante do mais hábil dos tenistas.        

"Foi legal. Eu dei a eles o que eles gostam de ver. Acho que foi isso que nós fizemos hoje. Foi definitivamente um gesto muito bonito por parte deles", afirmou o tenista norte-americano sobre a ovação que recebeu do público na quadra central ao fim da partida.

Desacreditado, há duas semanas, Roddick, que já foi número um do mundo (entre o final de 2003 e o começo de 2004) voltou, após as vitórias contra Hewitt e Murray - e mesmo na derrota para Federer na final - que pode jogar em alto nível.

Vencedor do Aberto dos Estados Unidos em 2003, o tenista de 26 anos terá em seu país a oportunidade de provar que o desempenho na Inglaterra não foi ocasional. Nova York pode ser o placo para confirmar sua redenção.    

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