Se não fosse a vela...

Durante boa parte da juventude, o bicampeão olímpico, robert Scheidt, dividia seu tempo entre a vela e o tênis. infelizmente para o tênis, ele optou pela vela

Da redação em 28 de Janeiro de 2008 às 13:31

BICAMPEÃO OLÍMPICO (atenaS 2004 e atlanta 1996), tricampeão Pan-americano (Mar del Plata 1995, Winnipeg 1999 e Santo domingo 2003), hexacampeão sul-americano, octocampeão mundial (isso só na classe Star)... Os títulos do paulista robert Scheidt, um dos maiores velejadores do mundo, são inúmeros. e essas tantas conquistas no iatismo, bem que poderiam ser no tênis.

Sim, na infância, o garoto dividia seu tempo entre raquetes, bolinhas, mastros e velas. "comecei a praticar tênis com 11 anos no Pinheiros. treinava todo dia até os 16 anos. Foi quando tive que optar pela vela. e não me arrependo", garante Scheidt. na época, ele gostava de assistir aos jogos dos suecos Stefan Edberg e Mats Wilander, depois dos norte-americanos Pete Sampras e andre agassi. "agora gosto de ver o Federer. Mas acho o jogo do Blake bem radical", afirma o iatista, que diz acompanhar os Grand Slams e os Masters Series pela televisão sempre que pode.

Dedicando-se integralmente à vela, o tênis passou a ser um hobby freqüente para o bicampeão olímpico. "Sempre pratico. Quando estou em São Paulo costumo jogar uma ou duas vezes por semana no yatch club. É bom para o preparo físico. É um esporte bastante competitivo e tem esse lado da questão mental também", conta Scheidt, adepto do fundo de quadra: "não tenho um saque especial e o voleio também não é lá estas coisas. então eu corro atrás de todas as bolas (risos)". Se o tênis não lhe proporcionou grandes glórias, ao menos lhe trouxe bons amigos.

"Fiz amizade com o Fernando Meligeni nas vezes que nos encontramos no Pan e nas Olimpíadas", relata o velejador, que viu de perto a emocionante decisão do Pan de Santo domingo entre Fininho e o chileno Marcelo rios. "acho que a final do Pan de Santo domingo foi uma grande lição. O Meligeni mostrou que é possível se superar e superar alguém que teoricamente é melhor do que você. Foi uma lição de raça, de que você deve lutar até o fim, que uma hora talvez possa abrir uma porta e você pode ganhar", ressalta. Scheidt estará na costa do Sauípe durante o Brasil Open 2008 e, além de aproveitar o mar e os ventos da Bahia, pretende acompanhar algumas partidas. "Já estive duas vezes na costa do Sauípe durante o torneio, creio que em 2001 e 2002. Gosto muito de ir para lá. Vai ser um prazer acompanhar alguns dias de jogos", diz o iatista, que treina intensamente para disputar as Olimpíadas de Pequim neste ano.

Perfil/Entrevista

Mais Perfil/Entrevista