O Maior de Todos

Aécio Fonte

A CAPITAL DO PAÍS SEDIOU no começo de julho a etapa mais importante do Circuito Nacional dos Correios, o Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil. Um dos cinco torneios com pontuação máxima para o ranking nacional da modalidade ao longo do ano, o tradicional “Brasileirão” reuniu 628 jovens atletas de 24 estados brasileiros e do Distrito Federal nas quadras do Clube do Exército de Brasília.

Assim como as outras quatro etapas de 2013, o “Brasileirão” foi disputado em duas chaves – o GA (tenistas melhores ranqueados) e o G1 (restante dos inscritos e que não tiveram ranking para jogar o GA) –, cada uma ocupando metade da semana do torneio para que os atletas não faltassem na escola.

Bárbara Oliveira, campeã da categoria sub-25

DIFERENCIADOS

A competição tem algumas particularidades que tornam-na a etapa mais cobiçada do Circuito. No “Brasileirão”, a chave G1 é aberta, ou seja, não há corte junto ao ranking filiado à Confederação Brasileira de Tênis (CBT) para jogar em qualquer categoria. Além disso, o quadro é uma espécie de qualifying para o GA, com a chance de o jogador, em uma trajetória perfeita, poder sair como campeão final do GA e faturar a pontuação das duas chaves – um total de 295 pontos, 45 a mais de quem fosse “apenas” campeão do GA.

Ao todo, 628 jovens tenistas disputaram as concorridas categorias do Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil, o Brasileirão 2013

Dessa forma, nada mais justo o vencedor dessa competição ser o verdadeiro campeão brasileiro. E, em 2013, somente dois jogadores conseguiram defender o título nacional do ano passado, que foram o catarinense Pedro Boscardin, que faturou a categoria 9 e 10 anos nesses dois anos, e o local Vitor Oliveira, vencedor dos 18 na última temporada e que levou um cheque de R$ 2 mil para casa com o troféu agora na nova categoria sub-25 masculino.

Entre as meninas, Pei Ju Chien, brasileira que é criada em Taiwan, foi a maior surpresa do Brasileirão jogando em uma categoria acima da sua. Ela venceu a chave G1 e também foi a melhor na chave principal dos 16 anos, derrotando a mato-grossense Eduarda Ferreira na decisão.

Outro destaque do torneio foi o Tennis 10’s, categoria criada pela ITF em 2010 e que conta com quadra em tamanho adequado e bolas mais lentas para facilitar o aprendizado de crianças com até 10 anos. Houve chaves de consolação para quem perdia na primeira rodada e até disputa de duplas entre as meninas tanto nos 9 quanto 10 anos a pedido das próprias futuras promessas do tênis nacional.