A bola é sua

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Da redação em 27 de Julho de 2013 às 00:00

PARABÉNS 10 ANOS - REVISTA TÊNIS

Gostaria de parabenizar à Revista TÊNIS por seus maravilhosos 10 anos trazendo o melhor do tênis para todos os fãs brasileiros. A Revista TÊNIS tem sido um instrumento fundamental em aproximar nossa loja da nossa clientela favorita, os brasileiros. Sei que a Mason’s Tennis tem uma relação muito especial com a comunidade tenística do Brasil, então queremos agradecer a vocês por tornar isso possível.

Mark Mason

 

Estreia em Wimbledon

Difícil contar como foi minha primeira experiência em Wimbledon sem cair nos clichês. Eu, como espectadora iniciante de Grand Slams, não sabia exatamente o que esperar – mas confesso que não poderia ter saído de lá mais satisfeita. O campeonato é realmente tudo aquilo que as pessoas comentam: gramados verdíssimos, plateias elegantes, organização impecável e, é claro, jogos emocionantes.

Cheguei à tradicional fila para tentar comprar meu ingresso pouco antes das 6h do dia 3 de junho. Mal dava para ver o sol direito, mas eu já tinha perdido a conta de quantas pessoas estavam acampadas à minha frente. Acabei recebendo a senha número 1408 na lista de espera – e, assim, tinha pouquíssimas chances de ver os jogos da quadra Central ou da 1.

Por volta das 9h30, eu e meus amigos finalmente conseguimos nossas entradas, que davam acesso à quadra 2 – com assentos marcados – e a circular por todas as outras quadras menores. Passeamos um pouco pelo All England Club, espantados com a infraestrutura do lugar, e logo fomos prestigiar a nossa primeira partida do dia – as quartas-de-final das duplas femininas.

Como eu não conhecia as jogadoras, acabei prestando atenção em outros detalhes. Impossível não ficar admirada com a sincronia dos jovens gandulas (aqui chamados de BBGs), com o silêncio matador antes do início de cada ponto ou com a precisão de cada tenista e cada árbitro. Eu estava cansada, mas não conseguia desgrudar meus olhos da partida – e foi então que descobri também o quão difícil é segurar a empolgação e apenas aplaudir cordialmente uma boa jogada.

Mas o momento mais emocionante do dia, para mim, foi ver o jogo das duplas masculinas que veio em seguida na quadra 3. Quase toda a torcida estava a favor dos temperamentais Blake e Melzer, mas era impossível não reconhecer o bom trabalho de Marcelo Melo e seu parceiro croata Dodig. A partida foi disputada, difícil, daquelas que deixam a gente se segurando na cadeira de ansiedade... E não teve coisa melhor do que ver alguém do meu país ganhar.

Depois disso, ainda consegui assistir ao final da partida do Bruno Soares, que fechou dois sets super rápidos com sua parceira Raymond, e ver Melo perder seu segundo jogo, dessa vez nas duplas mistas. Até deu tempo de me sentir um pouquinho britânica ao comer os tradicionais morangos com creme ou quando ouvi a torcida eufórica comemorando a vitória de Murray contra Verdasco. Minha experiência em Wimbledon estava completa – e os clichês que me perdoem, mas foi totalmente inesquecível.

Amanda Tavares
20 anos, estudante de Jornalismo da Unesp de Bauru e aluna de intercâmbio na Universidade de Roehampton pelo programa “Ciência sem Fronteiras”, do Governo Federal

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