Brasil open

Um novo ídolo

Um ano depois da despedida de Guga, brasileiros reencontram esperança no tênis nacional nas quadras da Costa do Sauípe


João Pires, Luiz Pires e Deco Pires

Belute! Belute! Belute! A torcida não teve tempo nem mesmo de aprender a pronúncia correta do nome do brasileiro compenetrado, um pouco tímido, mas que deu ao Brasil Open 2009 a cara do País. O nome dele é Thomaz Bellucci (lê-se Belutchi), 21 anos, vice-campeão do maior torneio de tênis realizado no Brasil.

Perder não é fácil, mas as vitórias de Bellucci em sua excepcional semana na Costa do Sauípe, na Bahia, minimizaram a derrota para o espanhol Tommy Robredo na decisão do Brasil Open.

Quando chegou ao Sauípe, Thomaz já era o melhor tenista brasileiro no ranking, mas foi durante a campanha no torneio que ele virou, de fato, o tenista número um do Brasil.

Até mesmo a frieza que Bellucci transparece durante os jogos deu espaço ao choro e a um discurso cativante, com a voz embargada pela emoção, na cerimônia de entrega dos troféus. As lágrimas do canhoto que surpreendeu o País não eram de frustração com a derrota na final. Com certeza, as experiências vivenciadas pelo jovem tenista em sua intensa semana foram colocadas para fora em um dos momentos inesquecíveis do Brasil Open 2009.

Bellucci caiu nas graças da torcida e dos organizadores do torneio. Luis Felipe Tavares, diretor do evento e dono da empresa que agencia a carreira do garoto, não titubeou em afirmar: "Nasceu uma estrela".

Após o título de Guga em 2004, nenhum outro brasileiro conseguiu alcançar a final da competição (Ricardo Mello, em 2005, e Flávio Saretta, em 2007, pararam na semifinal). Desta vez, o público da decisão voltou a ser heterogêneo como nos tempos da maior estrela do tênis nacional. Pessoas que nunca entraram em uma quadra de tênis foram olhar de perto a sensação brasileira e se juntaram aos apaixonados por tênis, que acompanham a modalidade há anos e que, mesmo sem um jogador brasileiro, gostam de ir ao complexo para assistir a um bom jogo de tênis. Até Guga, agora como ex-jogador, estava entre os torcedores, vibrando com as bolas de Bellucci.

Entre curiosos e especialistas, salvaram-se todos. O árbitro brasileiro, Carlos Bernardes, que foi escalado para a final para tentar controlar os ânimos da torcida, foi bem sucedido - como de costume na carreira - e o público não repetiu os insultos exagerados que marcaram negativamente o jogo entre Guga e Augustin Calleri, na final de 2004.

Robredo venceu, mas o mais aplaudido, obviamente, foi Bellucci. O espanhol reconheceu a capacidade do jovem adversário e o elogiou, assegurando que ele deve ser um nome forte futuramente. Educado, Robredo agradeceu até mesmo a torcida adversária e falou muitíssimo bem do torneio. Elegante, soube se portar em quadra e lidar bem com as poucas provocações que recebia. Por isso, e pela campanha irrepreensível, o campeão mereceu aplausos também.

Caminho para o suceso

Bellucci passou uma semana de intensidade e concentração na Bahia. A campanha que surpreendeu as previsões de uma final entre os favoritos Nicolas Almagro e Tommy Robredo não veio por acaso. O brasileiro era um dos tenistas mais comedidos em aproveitar toda a estrutura de diversão e lazer de um resort como a Costa do Sauípe. Geralmente, via-se o tenista nas quadras, treinando sob o sol escaldante e, dali, ia direto para o hotel.

João Pires, Luiz Pires e Deco Pires

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Ildebrando e Maria Regina perderam o aniversário da filha para ficar ao lado deThomaz

Herança

Quem aproveitou a semana para descansar foram os pais do jogador. Ildebrando e Maria Regina acordavam cedo para bater a sua bolinha e encontrar parceiros para jogos de duplas nas quadras do complexo. Ao que parece, Thomaz puxou o talento da mãe, que joga aguerrida e sai vencedora na maioria dos confrontos. Bem humorados, os pais do jovem contaram sobre a inusitada relação da família com o tênis.

Tudo começou graças às contusões de Ildebrando nos tempos em que jogava futebol, no sítio da família em Tietê, no interior de São Paulo. Cansado de "apanhar", o casal resolveu procurar um esporte de menos contato físico e encontraram o tênis.

Fotos: João Pires, Luiz Pires e Deco Pires

 

Na grama?

A primeira quadra da família foi criada exatamente onde ficava o campo de futebol. As traves do gol deram lugar à rede de tênis e a família Bellucci começou jogando na grama mesmo.

Pouco tempo depois, já apaixonados pelo esporte, construíram uma quadra de saibro no local. Foi a partir daí que o Brasil ganhou o talento de Thomaz para representar o País com seus potentes golpes no fundo da quadra, suas variações de saque e bons voleios, como o que fechou o jogo contra o espanhol Juan Carlos Ferrero, ex-número um do mundo, nas quartas-de-final do Brasil Open.

Estraga festa

Os pais de Bellucci aproveitavam a semana no Sauípe com tênis, piscina, torcida pelo filho e algumas cervejinhas para comemorar as boas vitórias, pois ninguém é de ferro... Mas precisavam voltar para São Paulo para o aniversário e a formatura de Beatriz, irmã mais velha do jogador. Só que Thomaz foi ganhando seus jogos e a passagem ia se adiando a cada novo avanço do tenista.

Quando venceu o português Frederico Gil, na semifinal, e alcançou sua primeira decisão em torneio ATP, não teve mais jeito. Thomaz teve que abrir mão do apoio dos pais que não podiam perder a formatura da filha em São Paulo. Bem humorado após a vitória, Bellucci deu razão aos pais. "Era para eles terem ido ontem (quinta-feira) já. Estraguei o aniversário da Beatriz, mas agora acho que eles vão para lá. Afinal, eles precisam estar na formatura dela. Tem de valorizar também a minha irmã. Formatura só tem uma". E todo o Brasil espera que, para o garoto, esta final de ATP seja apenas a primeira de muitas.

No entanto, além da campanha de Bellucci, muitas outras histórias aconteceram durante o Brasil Open 2009.

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Danielzinho

Xodó do quali

No final de semana que antecede os jogos da chave principal, é hora de os aspirantes às principais colocações do ranking mostrarem que estão preparados para jogar no nível dos tenistas que já estão garantidos no torneio. Começa a disputa do qualifying.

No Brasil Open 2009, o quali, mesmo sem ter completado o quadro de 32, teve nomes fortes. Foram 12 brasileiros inscritos e dois conseguiram superar jogos duríssimos para entrar na chave principal.

O paulista Caio Zampieri começou sua campanha com vitória tranquila sobre o duplista André Sá. Na segunda rodada, ele virou um jogo duro contra o argentino Leonardo Mayer, número 110 da ATP. Perdendo o set decisivo por 4 a 1, conseguiu a virada para fechar o jogo em 3/6, 7/6(3) e 6/4.

Na partida que decidiria a vaga para a chave principal, Zampieri enfrentou João Souza, o Feijão, que também vinha apresentando um belo tênis. Com muita força nos golpes e no saque, Feijão teve oportunidade de sacar para fechar a partida no segundo set.

Mas, a vaga só foi decidida no tiebreak do terceiro set. Depois de match-points para os dois jogadores, Zampieri conquistou a tão sonhada vaga na chave principal, selando o desempate com 10/8.

A campanha do tenista ficou marcada pela força mental e por sua forte relação com o técnico Leonardo Azevedo, ex-treinador de Bellucci. No grip da raquete de Caio estava anotada uma mensagem do treinador para que o atleta nunca desista: "eu quero, eu posso, eu acredito".

Mas, nenhum jogador conseguiu envolver tanto a torcida em seus jogos no quali quanto Daniel Silva. Canhoto e baixo (1,75 m) para os padrões de tênis atual, Danielzinho virou o xodó da torcida no Sauípe.

Fotos: João Pires, Luiz Pires e Deco Pires
Zampieri

Com muita regularidade nas trocas de bola de fundo, ele superou o ex-top 10, Mariano Puerta, na primeira rodada. Em seguida, foi encarar o quinto favorito da chave classificatória, o francês Olivier Patience. A técnica do adversário, semifinalista no Sauípe em 2006, não foi suficiente para bater a garra de Daniel. O jogo teve 2h54 e o brasileiro venceu por 3/6, 7/6(5), 7/6(6), depois de salvar quatro match-points.

Já nas graças da torcida, Silva encarou o espanhol Miguel Angel Lopez Jaen, na última partida do quali. O público apoiava o brasileiro, enquanto o adversário se irritava com a consistência do canhoto que devolvia tudo do outro lado da quadra. Quando precisava de suporte, o próprio Daniel se virava para a torcida. A massa via a importância de seu papel para o tenista e respondia com aplausos e palavras de motivação a cada ponto. No final, mais de três horas de partida e vitória por 5/7, 7/6(6) e 6/3.

Assim, pela primeira vez desde 2001, dois tenistas do País furaram o quali do Brasil Open. "A torcida, com certeza, foi um fator muito importante para eu ter buscado os jogos. Você tem que usar tudo que tem a favor. Quando está no Brasil, é muito bom saber que tem bastante gente torcendo pra você. Eles gostam de ajudar e tem que aproveitar", explicou Danielzinho.

Brasileiros na chave principal

Com a classificação de Caio Zampieri e Daniel Silva, o País teve seis brasileiros na chave principal do torneio, o que não se via desde 2003. Thomaz Bellucci e os convidados Flávio Saretta, Ricardo Hocevar e Thiago Alves completavam o grupo brasileiro. Além disso, na chave de duplas, havia a possibilidade do bicampeonato de André Sá e Marcelo Melo, cabeças-de-chave número um, e de uma boa campanha de Bruno Soares - top 20 no ranking de duplas da ATP - que formou parceria com Thiago Alves.

No entanto, o torneio acabou cedo até mesmo para a dupla favorita. Fora Bellucci, nenhum outro brasileiro passou uma rodada e, na quarta-feira à noite, ele era o único sobrevivente na chave de simples e de duplas, em parceria com o argentino Sebastian Prieto (eliminando Melo e Sá na estréia).

Bom jogo

Ricardo Hocevar, em seu primeiro jogo em um torneio nível ATP, mediu forças com o campeão do ano passado e principal favorito da chave, o espanhol Nicolas Almagro. O brasileiro estava confiante e não queria entrar em quadra pensando apenas na experiência, e sim em vencer seu oponente. A partida foi muito equilibrada, teve apenas uma quebra de saque e a força e experiência do espanhol falaram mais alto.

 

fotos: João Pires, Luiz Pires e Deco Pires

Por pouco

Após as vitórias de virada no quali, Caio Zampieri entrou quente para a primeira rodada contra o italiano Fabio Fognini. No primeiro set, o europeu, sempre marrento e displicente - típico de quem tem muita habilidade - simplesmente não fez nada e levou um pneu do brasileiro. A supremacia de Zampieri continuou no segundo set, quando sacou para fechar a partida em 5/4. No entanto, o talentoso Fognini aplicou seus melhores golpes e conseguiu vencer o set no tiebreak. No momento decisivo, o italiano ganhou confiança e se aproveitou do cansaço (físico e mental) do adversário para vencer.

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De Esperança à Decepção

Marcelo Melo e André Sá, a principal dupla do País, foi surpreendida na estreia por uma boa exibição da parceria entre Thomaz Bellucci e Sebastian Prieto. A partida só foi decidida no match tiebreak. os mineiros tiveram cinco oportunidades de fechar a o jogo, mas viram os adversários anotar 3/6, 6/3 e 15-13. quem também não teve sorte na primeira rodada foi Bruno Soares. Em parceria com thiago Alves, ele perdeu para ivan Navarro e Martin Vassallo Arguello, 6/2, 7/5 e 10-4.

Melo e Sá

Alves e Soares

 

Ainda não foi dessa vez

Flávio Saretta alternou bons e maus momentos na partida contra o espanhol Marcel Granollers e acabou eliminado na primeira rodada do Brasil open 2009. Ainda muito irregular, o ex-top 50 contribuiu com sua popularidade ao dar clínicas de tênis ao público do torneio junto com o tenista Rogério Dutra Silva.

Fotos: João Pires, Luiz Pires eDeco Pires
Frederico Gil

Nervos à flor da pele

Além de Thomaz Bellucci, nenhuma campanha foi tão surpreendente no Brasil Open como a do português Frederico Gil, 23 anos, que se estabeleceu no top 100 no segundo semestre de 2008. Ele sofreu para passar as duas primeiras rodadas do torneio - venceu os espanhóis Pablo Andujar e Marcel Granollers. Nas quartas, tinha Nicolas Almagro pela frente.

Na partida que antecedeu o duelo de Gil contra o favorito, a torcida brasileira aqueceu seus motores e vibrou com a vitória de Bellucci sobre Juan Carlos Ferrero. Enquanto o grande público apoiava o brasileiro na quadra central, quase ninguém foi ver o tenista português que se preparava com seu técnico na quadra 2. E foi aproveitando certo anonimato que Gil traçou a estratégia de jogo para surpreender Almagro em uma das partidas mais eletrizantes do Brasil Open 2009.

Nicolas Almagro

O tenista português, plenamente consciente de suas ações no jogo, forçava as bolas na esquerda do espanhol. Para sacar no lado da vantagem, Gil quase alcançava o corredor de duplas e, descaradamente, servia com quique no backhand de uma mão do oponente - seu golpe nitidamente mais instável. Com o adversário fora da quadra, o português definia o ponto com bolas precisas no outro canto. A estratégia funcionou, os erros de Almagro vieram e sua confiança foi embora junto com sua paciência e concentração.

Para incrementar ainda mais o jogo, a torcida brasileira, que já vinha embalada por Bellucci, resolveu abraçar a causa lusitana e apoiar o "portuga". No calor das arquibancadas ,também começaram a surgir vaias e xingamentos a Almagro, aumentando o destempero do espanhol em quadra. Em uma disputa na rede, Gil quase foi atingido por uma bolada disparada pelo adversário, que nem sequer se preocupou em pedir desculpas.

No final, o português levou a melhor e se classificou para a sua segunda semifinal de ATP consecutiva - na semana anterior, havia chegado à semi do ATP de Johanesburgo, na África do Sul. Gil deixou a quadra contente e bem humorado. Até brincou com o fato de viver um dia de herói da torcida brasileira e saber que em 24 horas estaria de volta como inimigo no jogo contra Bellucci.

A alegria de Gil era puro contraste com a frustração e irritação de Almagro. Na saída da quadra central, alguns torcedores mal educados chamaram o tenista de "maricón" - expressão pejorativa em espanhol. O tenista, ao invés de desconsiderar as bobagens, resolveu dar ouvidos à provocação e quis partir para a briga com o pequeno grupo de torcedores. Os brigões foram separados antes das "vias de fato", mas o bate-boca e o tumulto continuaram por alguns minutos. A situação marcou negativamente o comportamento de uma minoria da torcida e do campeão do torneio em 2008.

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Takemoto

Oportunidade
No Brasil Open também teve gente que não conseguiu furar o qualifying, mas nem por isso perdeu a viagem. O juvenil Thomas Takemoto, 16 anos, foi eliminado na primeira rodada do torneio classificatório, mas viveu grandes experiências.

Ele recebeu convite para disputar o quali e, juntamente com seu técnico, Aldo Brandão, o Batata, decidiu passar a semana inteira no resort e aproveitar a chance de estar com alguns tenistas que até pouco tempo só conhecia pela televisão. "É legal estar entre eles. Você vai tomar café e eles estão juntos. Vai na internet e vê o Ferrero do lado. Também é bom ver os melhores jogando para poder assimilar na quadra", explicou Takemoto.

Mais do que apenas observar os profissionais, ele foi às quadras e treinou com Ricardo Hocevar, Thomaz Bellucci e com o argentino José Acasuso. "Com o Bellucci foi legal porque eu estava meio ansioso, mas, ao mesmo tempo, estava me concentrando para ir bem. Foi legal porque treinei um dia e ele me chamou no outro. Então, serviu para alguma coisa (risos). No segundo dia, já entrei mais solto, mais confiante."

Quinto melhor juvenil do mundo, José Pereira também adquiriu bons conhecimentos durante o torneio. "A experiência de ver como eles jogam, as bolas, as atitudes, está sendo perfeito", resumiu. Após vencer sua primeira partida no quali de um ATP, sobre Gabriel Dias, Pereira foi superado pelo português Rui Machado.

A derrota rendeu uma análise do tenista sobre os profissionais que jogam neste nível. "Muda muito o que eles fazem com a bola. Não tanto a velocidade, mas sim o que eles fazem. Ficam ali na cruzada, dão ângulos. Eles pensam, jogam tênis mesmo, não só batem. Tanto que a bola dele (Machado) andava menos que a minha, mas ele me fazia correr muito mais."

Depois disso, Zé Pereira continuou a semana no Sauípe sob supervisão do treinador Ricardo Acioly e participou dos treinos de Feijão e Hocevar. Mas, o momento mais especial para o juvenil brasileiro foi a oportunidade de treinar com Juan Carlos Ferrero, campeão de Roland Garros em 2003 e ex-número 1 do mundo. "Antes de entrar, pensei: "Caramba, vou treinar com o ex-número 1 do mundo! No começo, estava meio tenso, não queria errar", contou o tenista que observou o diferencial de um grande tenista. "Ele não tem tanta potência, mas sabe jogar mais do que os outros. Não erra. A maneira que ele fica na quadra é muito diferente, é lá em cima, é top 10. Dá pra aprender bastante", completou.

Final brasileira

No sábado da final, a equipe da Revista TÊNIS encontrou o árbitro Carlos Bernardes no café da manhã. Nos últimos anos, ele tem sido a "principal figura do tênis brasileiro". Pode parecer estanho, mas, sem Guga, ele é o único representante nacional que aparece nas finais dos principais torneios do mundo. Extremamente simpático, ele é celebridade por onde passa. No Sauípe, tirou fotos, deu autógrafo, conversou com todos. Não é exatamente essa situação o que os fãs de tênis gostariam de ter - um árbitro como ídolo? -, porém, é a realidade. Sendo assim, naquela manhã de sábado, Bernardes se mostrava feliz com um fato que deixaria outros colegas juízes desapontados: não poderia fazer a final do torneio, pois, depois de quatro anos, havia um brasileiro jogando novamente. "Você não sabe o quanto esperei por esse momento", disse. No entanto, poucas horas mais tarde, revelou: "Vou fazer a final!" Não, Bellucci não havia pedido cidadania italiana, a razão por trás disso era que os organizadores temiam um mau comportamento da torcida brasileira e precisavam ter alguém que, falando português fluente, pusesse ordem na casa se fosse necessário. Então, ninguém melhor do que Bernardes para esse trabalho.

De volta

Guga se despediu das quadras no ano passado, mas deu as caras no Sauípe em 2009. Ainda patrocinado pelo Banco do Brasil, veio cumprir uma agenda social intensa. Conversou com executivos do banco, plantou árvores, bateu bola e torceu por Bellucci. Seus passos foram seguidos de perto pelo público que não desiste de pegar um autógrafo ou tirar uma foto com o ídolo. Em entrevista, Guga aproveitou para reafirmar seu desejo de retribuir as alegrias que o esporte lhe deu e assume, sem medo, o papel de embaixador do tênis brasileiro. Antes, porém, quer aproveitar um pouco mais a aposentadoria.

fotos: João Pires, Luiz Pires e Deco Pires

 

 


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Rodrigo Linhares

Publicado em 2 de Março de 2009 às 13:46


Torneio

Artigo publicado nesta revista