Austrália

Tênis na terra dos cangurus

No início do ano, a Austrália transforma-se no país da bolinha e da raquete. Além do primeiro Grand Slam em Melbourne, há outros torneios interessantes em cidades onde a atração não é somente o tênis


Quando se pensa na Austrália, as primeiras coisas que surgem na mente geralmente são cangurus, coalas e aborígines. Mas, para o fã de tênis, o país é a casa do primeiro Grand Slam do ano. Atualmente em Melbourne, o Australian Open já foi disputado em outras quatro cidades australianas (Sydney, Adelaide, Brisbane e Perth) e até mesmo em duas na Nova Zelândia (Christchurch e Hastings) desde 1905. Além disso, o torneio já mudou de piso (da grama para o cimento) e algumas vezes de data (de janeiro para dezembro) durante todos estes anos.

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Por ficar “do outro lado do mundo”, chegar à terra dos cangurus é custoso e cansativo. Devido ao fuso horário e à falta de empresas que voem diretamente do Brasil para lá, a viagem demora dois dias. O preço também é um pouco salgado e vai de três a sete mil dólares dependo do tempo de permanência e data da compra. Estes empecilhos, aliás, fizeram com que antigamente muitos jogadores desistissem de viajar devido ao desgaste e o Grand Slam ficasse um pouco esvaziado.

A sede do Australian Open, Melbourne, fica localizada na costa sul do país. A cidade, que recebeu as Olimpíadas em 1956, é tida como a capital cultural da Austrália. Por onde você anda, encontra edifícios e construções baseadas na arquitetura vitoriana, herança da colonização inglesa. Ela recebe anualmente mais de um milhão de turistas estrangeiros e mais de sete milhões de australianos.

Seu ponto turístico mais conhecido (e alto) é a Torre Eureka, que na verdade é um prédio residencial, com mais de 297 metros e 91 andares. Ao fazer uma pequena caminhada no Southbank, às margens do Yarra River – rio que corta a cidade –, o visitante se depara com o Royal Botanic Gardens, área verde localizada no centro de Melbourne. Neste jardim há uma coleção de mais de 60.000 espécies de plantas de todo o planeta e é sobre os seus gramados que os habitantes locais se reúnem nos finais de semana de sol para fazer um piquenique, relaxar e passar o tempo.

Para quem gosta de fazer compras, vai encontrar boas opções de roupas e acessórios de grife no Crown Complex e Southgate. Outro destaque é o Melbourne Central, que reúne mais de 180 lojas e fica em frente à Biblioteca Municipal, também no centro. Outro evento famoso da cidade é o Melbourne Cup, a maior e mais importante corrida de cavalos do mundo. Repleta de praias, Melbourne abriga ainda muitos esportes aquáticos. E há a opção de fazer mini-cruzeiros pelo Yarra River.

fotos: Stock.XchngPara se hospedar em Melbourne, há várias opções próximas ao local do Australian Open, como o Crown Promenade Hotel, o Grand Hyatt, The Westin, Stamford Plaza, Mercure. Os preços vão de R$ 200 por dia até R$ 900 e a localização é privilegiada. Quem prefere economia e menos luxo, tem a opção de ficar no “The Greenhouse Backpacker”, eleito pelo terceiro ano consecutivo como o melhor albergue da cidade. Os preços variam de R$ 40 a 54 para dividir o quarto com outras cinco pessoas e até R$ 130 por um quarto duplo.

O Aberto da Austrália começa a partir de 14 de janeiro de 2008. O Melbourne Park fica em uma área bastante agradável na cidade, tanto que recebe pessoas em busca de lazer em uma tarde ao sol. Jovens andam de bicicletas nas redondezas, casais fazem piqueniques nos longos gramados. Tudo isso a apenas cinco minutos a pé das estações de metrô Richmond e Jolimont, o que facilita o acesso ao torneio.

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Torre Eureka

Os ingressos para o primeiro Grand Slam da temporada podem ser comprados pela Intenet no site www.ticketek.com.au. O passe para o primeiro dia custa cerca de R$ 46, mas não dá acesso às quadras Rod Laver e Vodafone, as principais. Para entrar nessas, o torcedor precisa desembolsar R$ 80 reais. Caso queria ver a sessão noturna, terá de comprar outro ingresso.

Sydney
Se quiser esticar suas férias tenísticas na Austrália, outras boas opções são Sydney e Adelaide. Há um trem que liga Sydney e Melbourne (900km), custa R$ 100 e é bastante confortável. Oferece vagãorestaurante, ar condicionado e televisão. De Adelaide para Melbourne (725km), o trem custa R$ 88. Sydney, sede dos Jogos Olímpicos de 2000, é a maior cidade do país. Não tem como falar dela e não lembrar da famosa Ópera. A obra projetada por Jørn Utzon demorou 14 anos para ficar pronta, mas depois de finalizada, chamou a atenção do mundo para a cidade, por seu tamanho e sua arquitetura inovadora. Ao todo, o local tem cinco teatros, dois auditórios enormes (um deles com capacidade para 2.690 espectadores), quatro restaurantes, cinco estúdios de ensaios, seis bares e muitas lojas de presentes.

Outro ponto turístico extramente importante e extravagante em Sydney é a Ponte da Baia. De acordo com o Guiness Book, é a ponte mais larga, a de arco de aço mais elevada e a mais longa do mundo em formato de arco-íris. Ela liga o centro financeiro do município (Central Business District) com a costa norte, residencial e comercial.

Sydney também é rodeada por praias maravilhosas. A mais famosa, que abrigou a competição de vôlei nas Olimpíadas, possui aproximadamente um quilômetro de extensão e esbanja infra-estrutura. Localizada no bairro de Waverley, Bondi Beach é cheia de restaurantes, hotéis, cafés e lojas.

fotos: Stock.Xchng

Adelaide
Já Adelaide é conhecida por ser a cidade dos festivais. Há os mais clássicos, como o festival de artes ou a semana de cinema, mas também é sede de alguns eventos exóticos, como o festival de cabaret e o curioso festival de idéias.

Por ser de médio porte, o visitante tem a oportunidade de ver muitas atrações em pouco tempo. Existem passeios de nove horas de duração que mostram toda a cidade. Eles começam às 7h com uma caminhada do Porto Germein até o parque Telowie Gorge, onde os turistas podem conhecer a história do município. Em compensação, o preço é salgado: 375 dólares australianos, cerca de R$ 580.

Outra opção é um passeio mais curto, de três horas, por R$ 83, que começa na Victoria Square, coração da cidade, e passa pelos parques de Adelaide. Há uma parada para almoço na igreja mais antiga da cidade, a Trinity Church, até o fim no porto de Colonel Light´s.

Mais informações sobre o Australian Open: www.australianopen.com

Gustavo Pereira

Publicado em 13 de Dezembro de 2007 às 12:52


Torneio

Artigo publicado nesta revista