Soderling espera derrota de Nadal em Roland Garros: "Todos vão parar de me perguntar sobre isso"

Único algoz do espanhol na terra batida francesa, o ex-tenista sueco falou sobre sua aposentadoria e seu feito único em Paris


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Soderling foi o único tenista a bater Nadal nos 67 jogos do espanhol em Roland Garros

Faltam cinco dias para o início da chave principal de Roland Garros e com a proximidade com o segundo Grand Slam do ano, o nome de Robin Soderling sempre é lembrado nesta época do ano. Em entrevista ao Telegraph, o único tenista a vencer Rafael Nadal no saibro francês, o ex-tenista sueco se orgulha do feito contra o espanhol, mas diz se incomodar com o fato de ser lembrado apenas por isso. 

"É bom ser o único, mas todo mundo me pergunta apenas sobre esta partida," declarou Soderling. "Tornou-se uma espécie de lenda e comumente muitos entendem errado: alguns pensam que sou a única pessoa a tê-lo vencido em uma partida de tênis, outros pensam que foi na final do Aberto da França, alguns até pensam que foi em Wimbledon. Então talvez seja melhor se Rafa perder novamente, assim todos vão parar de me perguntar sobre isso."

Com 10 títulos na carreira e tendo alcançado o posto de 4º melhor do mundo, o sueco tem um grande currículo no tênis. "Eu sou muito orgulhoso de muitas outras coisas na minha carreira: estar no Top 5, chegar à final de Grand Slam duas vezes," comentou o vice-campeão de Roland Garros em 2009 e 2010. "Me orgulho mais de ter feito a final em 2010 do que no ano anterior, pois defender os pontos foi um grande desafio."

Com uma carreira brilhante pela frente, fazendo grandes jogos contra os melhores tenistas, Robin Soderling esbarrou na mononucleose no auge de sua carreira. Em 2011, no torneio de Wimbledon, o sueco começou a sentir dores de garganta e fadigado e após exames foi constatada a virose, que chegou a deixar o sueco por três meses de cama.

"Ainda é meu sonho voltar a jogar tênis profissional," comentou após quatro anos longe do circuito. "Antes disso acontecer, eu planejava jogar até depois dos 30 anos, mas agora tento não pensar muito sobre isso. Nos primeiros seis meses da doença, me sentia tão mal que eu tentava apenas viver através dos dias e após um ano eu senti que precisava me aposentar."

"Mas as coisas mudaram. Eu tenho uma filha e uma segunda criança a caminho, existem outras coisas em minha vida. Nos últimos seis meses, eu comecei a me sentir muito melhor, talvez 90%. Eu consigo treinar um pouco agora, mas eu prefiro fazer muito do que pouco. Eu cometi o mesmo erro tantas vezes, começava a melhorar e voltava a treinar muito cedo e tinha uma recaída. Aprendi que tênis não é tudo na vida."

Da redação

Publicado em 20 de Maio de 2015 às 11:14


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