Fisioterapia

Uma radiografia do saque de Andy Murray

A técnica do serviço do inglês número 1 do mundo


UMA DAS MELHORES PARTES DO jogo de Andy Murray é sua devolução de saque. Ele também é um mestre em variar as jogadas de fundo, além de ser um tenista extremamente habilidoso. No entanto, no tênis atual, para ter sucesso e brigar com Federer, Nadal e Djokovic, é preciso ter um arsenal completo. Daí, o britânico vem trabalhando muito em diversos fundamentos. Nos últimos anos, Murray tem ido muito mais para o forehand do que antes e tem tentado a definição dos pontos mais frequentemente também. Devemos lembrar que, para que isso ocorra, é preciso ter um bom saque, para tentar dominar o ponto desde o início. Dessa forma, vamos aqui fazer uma breve análise desse fundamento de Murray.

 
PONTOS A SEREM OBSERVADOS
Na preparação, Murray deixa as pernas (já levemente flexionadas) separadas no início. Ele irá começar o movimento com elas assim e depois vai juntá-las. A maioria dos tenistas possui técnica similar. Outros contudo, como Roddick e Federer, por exemplo, mantêm as pernas mais próximas e praticamente não as mexem durante o golpe.

 

Repare que, como todo bom sacador que se preze, o movimento de Murray é totalmente sincronizado, com o braço esquerdo indo para trás enquanto o direito sobre totalmente reto para o lançamento da bola (toss). Enquanto ele está fazendo esse movimento, perceba como transfere o equilíbrio do corpo para a perna de trás para depois fazer a alavanca para a frente. Murray costuma fazer o toss sobre a linha de fundo. Seu lançamento não é muito alto, mas ainda assim ele tem tempo suficiente de levar a raquete para trás das costas e fazer o contato quando a bola está começando a cair. Nesse momento, ele já juntou as pernas, criando uma inércia para frente e para cima.

 

Por fazer o toss bastante próximo da linha e se focar mais na altura, percebe-se que Murray não ganha tanto a quadra na aterrissagem quanto outros tenistas que lançam a bola mais para dentro da quadra do que somente sobre a cabeça (vide o exemplo de Juan Martin del Potro nas próximas páginas). Ainda assim, ele consegue grande potência e sua terminação, com braço e perna para trás, demonstra o quanto a cabeça da raquete foi acelerada.
Arnaldo Grizzo

Publicado em 13 de Julho de 2017 às 17:00


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