Quem é quem no tira-teima com melhores tenistas do ano

Torneio em Londres reúne a partir deste próximo domingo os oito jogadores mais bem classificados no ranking da ATP. Confira as chances de cada um


Os amantes do tênis já fazem contagem regressiva para um dos mais aguardados torneios do ano. Em quadra, simplesmente a nata do esporte. No próximo domingo, dia 15 de novembro, começa o Barclays ATP World Tour Finals 2015, em Londres, na Inglaterra.  A competição reúne os oito melhores jogadores de simples da temporada, além das oito melhores duplas. O ATP Finals terá duração de uma semana, com término previsto para o outro domingo, dia 22.  O campeão do torneio acumulará 1.500 pontos no ranking da ATP e levará para casa o grande troféu e parte dos US$ 7 milhões de prêmio. Por ora, a dúvida é quem se sairá melhor neste verdadeiro tira-teima... Quais as chances de cada um? Tire suas próprias conclusões.  

 

Novak Djokovic

O número um do mundo disparado (com quase o dobro de pontos que o segundo melhor colocado no ranking ATP) foi, também, quem venceu a competição nos últimos três anos, superando Roger Federer e Rafael Nadal. O título de 2014 foi conquistado em cima do suíço, que anunciou sua desistência da final após acusar uma lesão nas costas. O sérvio, que parece imbatível, conquistou três dos quatro Grand Slams do quais participou neste ano. E vem embalado, já que venceu o Master 1000 de Paris no último final de semana. A seu favor, Djokovic tem como principais armas seu desempenho físico e mental – esta última muito fortalecida desde que Boris Becker tornou-se seu técnico. É, certamente, um dos favoritos ao título este ano.

 

Andy Murray

Apesar de não ter levado nenhum dos Grand Slams da temporada, o tenista vive o ano mais vitorioso de sua carreira: ganhou 68 dos 80 jogos que disputou. Jogou, no último domingo, a final do Masters 1000 de Paris e, mesmo perdendo para Djokovic, tornou-se o segundo colocado no ranking ATP – subindo uma posição. Se conseguir mantê-la, será a primeira vez que fecha o ano como segundo melhor tenista do mundo. Ao lado de Djoko, Federer e Nadal, é o único a alcançar, pelo menos, a semifinal dos nove Masters 1000 do ano. Seu retrospecto, porém, não é dos melhores. Nas últimas vezes em que participou do ATP Finals, o mais longe que conseguiu chegar foi, exatamente, às semifinais, nos anos de 2012, 2010 e 2008. Como pontos fortes, Andy Murray tem a técnica e a boa subida à rede. Quando deixa de jogar defensivamente também conquista pontos importantes.

 

Roger Federer

No começo deste ano, um dos maiores tenistas do mundo conquistou sua vitória de número 1000 – marca que apenas mais dois jogadores possuem, Jimmy Connors e Ivan Lendl. Embora seja considerado por muitos o “rei da grama”, a maior parte dessas vitórias foi conquistada em piso duro. Nas últimas dez edições do ATP Finals, o tenista suíço ficou fora de apenas três finais (2008, 2009 e 2013) e foi campeão outras quatro vezes. No total, soma sete títulos na competição. Roger Federer é o tipo de tenista clássico, refinado e de grande força física. É, provavelmente, o principal adversário de Djokovic na briga pelo título.

 

Stan Wawrinka

 

Sua principal vitória no ano aconteceu em maio, sobre o número um do mundo, Novak Djokovic, na final de Roland Garros. Ao lado desta conquista recente, o tenista também suíço tem dentre seus principais títulos o do Aberto da Austrália, em 2014. Neste ano, ele ainda venceu o ATP 250 de Chennai e o ATP 500 de Rotterdam. Atual quarto colocado no ranking de simples com 6.500 pontos, chegou às semifinais do torneio nos últimos dois anos, perdendo, exatamente, para Djokovic e Federer. Apesar de oscilar entre apresentações ótimas e ruins, Stan Wawrinka possui bons golpes, tem boa movimentação e é bom no fundo de quadra.

 

Rafael Nadal

Apesar de ser o quinto melhor tenista do mundo, 2015 não foi o ano dele. O tenista espanhol saiu nas quartas de final no Australian Open e em Rolland Garros, competição da qual é o maior vencedor de todos os tempos, com nove títulos. Em Wimbledon, saiu na segunda rodada ao perder para Dustin Brown, alemão, até então, 102º do ranking. Este foi o primeiro ano, desde 2004, que Rafael Nadal não conquistou, sequer, um título de Grand Slam. Apesar disso, esta será a décima primeira vez que o “rei do saibro” participará do ATP Finals. Ele, que já foi vice duas vezes na competição (2010 e 2013), ficou de fora somente no ano passado por conta de uma apendicite. Esta pode ser a chance de ele tornar 2015 um ano um pouco mais agradável.

 

Tomas Berdych

A conquista do ATP 250 de Shenzhen, em outubro, foi sua primeira do ano. A vitória sobre o espanhol Guilhermo García-López significou seu 11º título da carreira. O tenista tcheco trabalha desde o começo do ano com Daniel Vallverdu como técnico, rompendo a parceria de mais de quatro anos com Tomas Krupa. Tomas Berdych foi vice-campeão de Wimbledon em 2010 e vai participar pela sexta vez consecutiva do ATP Finals. Seu melhor desempenho na competição foi em 2011, quando chegou às semifinais.

 

David Ferrer

Após ficar fora de Wimbledon e ser dúvida no US Open por causa de uma contusão no cotovelo, o tenista espanhol se superou e conquistou cinco títulos nesta temporada, dentre os quais o dos torneio de Doha, Rio de Janeiro, Acapulco, Viena e o ATP 250 de Kuala Lumpur. Essas vitórias garantiram a ele, em outubro, o sétimo posto no ranking ATP, à frente de seu compatriota Rafael Nadal. Para atingir essa posição, Ferrer precisou manter um bom volume de jogo e cometer poucos erros. No ATP Finals, já foi finalista em 2007 e semifinalista em 2011.

 

Kei Nishikori

Apesar de não ter ganho até hoje nenhum Master, o tenista cresceu na última temporada, conquistando o ATP 250 de Memphis e dois ATP 500, de Barcelona e Washington. No Master de Montreal, o tenista japonês venceu Rafael Nadal nas quartas de final, um feito. Chegou a ocupar a quarta posição do ranking ATP no meio do ano. Atualmente, é o oitavo com 3.390 pontos. Com baixa estatura e menos força física do que a maioria de seus adversários, Kei Nishikori não é dono de um grande serviço, mas compensa com regularidade e agressividade no fundo de quadra.

Da redação

Publicado em 10 de Novembro de 2015 às 18:06


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