O que é que o Sauípe tem? Quatro campeões de Roland Garros

Guga, Ferrero, Moyá, Gaudio e um pelotão de especialistas vão lutar pelo título do VII Brasil Open. É, a Bahia virou a terra do tênis.


NÃO É À TOA que o sonho de consumo do aficionado do tênis na América do Sul é ir assistir um Brasil Open na Costa do Sauípe, este ano de 12 a 18 de fevereiro. Onde mais você pode conviver com a natureza mais bonita do mundo, no clima mais agradável do mundo (é quente, mas tem brisa), hospedar-se em alguns dos hotéis mais luxuosos do continente e ainda ver de perto autênticos campeões das quadras? Só este ano serão quatro ex-campeões de Roland Garros! E tudo isso pagando em real e em suaves prestações!...

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Gaston Gaudio

O brasileiro Gustavo Kuerten é um destes astros. O tricampeão do Aberto da França é o único tenista a vencer duas vezes o torneio - em 2002 e 2004. Guga parece se dar muito bem com o sol, a água de coco e a paixão do público que torce alucinadamente por ele. Em 2002 ele derrotou o argentino Guillermo Coria na final. Em 2004 venceu mais três argentinos no caminho do título. Por essas e outras é que os brasileiros o adoram.

Mas a luta pelo título este ano promete ser das mais acirradas. O primeiro préclassificado é o espanhol Juan Carlos Ferrero, que começou o ano como 23º do ranking mundial. Ferrero, campeão de Roland Garros em 2003, gosta tanto do Sauípe que está sempre por lá, em uma casa na praia de Guarajuba. No ano passado, em grande jogo, ele perdeu na estréia pára Flávio Saretta, mas agora promete ir longe na chave, pois pretende terminar o ano entre os top ten.

Outro espanhol que morre de amores pelo torneio é Carlos Moyá, campeão de Roland Garros em 1998. Mas Moyá está devendo uma boa exibição na Bahia, assim como o argentino Gaston Gaudio, vencedor do Aberto francês em 2004. Ambos tem perdido nas primeiras rodadas no Sauípe.

Carlos Moyá

MASSÚ E MUITOS ESPECIALISTAS
Currículo é importante, mas as seis edições anteriores do Brasil Open têm provado que as características especiais do torneio - quadra de saibro, clima quente, início de temporada - favorecem os jogadores que iniciaram a preparação para 2007 mais cedo e também àqueles que têm mais garra e suportam melhor as condições adversas. Enfim, é preciso ter muito coração para sair do Sauípe com o título.

O campeão de 2006 foi nada menos do que o medalha de ouro na Olimpíada de Atenas, o chileno Nicolas Massú, que tem um espírito de luta impressionante - qualidade inerente a todos os vencedores do Brasil Open, desde o tcheco Jan Vacek, campeão no primeiro ano (2001), até o touro espanhol Rafael Nadal (2005), o dinamarquês Sjeng Schalken (2003) e Guga.

Pela lista de entrada que chegou à promotora Koch Tavares no início do ano, pode-se prever partidas duríssimas, pois todos são especialistas no saibro e sabem que um título no Brasil Open é um empurrão importante para toda a temporada. O campeão ganha 175 pontos no ranking, além de um prêmio de 52 mil dólares, enquanto o vice acumula 120 pontos no ranking e 30.600 dólares na conta. Na verdade, chegar às quartas de final, dependendo do jogador, já pode ser um ótimo negócio, pois dá 40 pontos no ranking e prêmio de 10.600 dólares.

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Gustavo Kuerten

A lista dos pré-classificados é a seguinte: Juan Carlos Ferrero, Espanha, 23º no ranking da ATP; Agustin Calleri, Argentina, 29; Nicolas Almagro, Espanha, 32; Juan Ignácio Chela, Argentina, 33; Gaston Gaudio, Argentina, 34; Filippo Volandri, Itália, 38; Carlos Moyá, Espanha, 43; Nicolas Massú, Chile, 44; Ruben Ramirez Hidalgo, Espanha, 57; Alberto Martin, Espanha, 61; Luis Horna, Peru, 63; Nicolas Lapentti, Equador, 67; Juan Mônaco, Argentina, 69; Sergio Roitman, Argentina, 72; Martín Vasallo, Argentina, 81; Potito Starace, Itália, 83; Albert Montañes, Espanha, 85; Alessio Di Mauro, Itália, 90; Igor Andreev, Rússia, 91; Nicolas Devilder, França, 97; Lukas Dlouhy, República Tcheca, 99; Jiri Vanek, República Tcheca, 101; Evgeny Korolev, Rússia, 102; Thiago Alves, Brasil, 105; Stefano Galvani, Itália, 109.

O QUE É A COSTA DO SAUÍPE
Pegue um milhão e 720 mil metros quadrados no litoral da Bahia, 76 quilômetros ao norte de Salvador, numa bela região de coqueirais, mar puro e temperatura média de 27 graus. Pense num complexo arquitetônico que valoriza a beleza local sem agredir a fauna e a flora nativas. Imagine hotéis de redes mundiais, como Accor (Sofitel Suítes e Sofitel Costa do Sauípe), Marriott (Marriott e Renaissance) e SuperClubs, que oferecem um total de 1.429 apartamentos, com capacidade para receber até 3.500 hóspedes.

Juan Carlos Ferrero

Imagine tudo o que estes hotéis e esta imensa área podem oferecer para o seu lazer e o de sua família: 15 quadras de tênis iluminadas, quatro de paddle e duas de squash; quatro quadras poliesportivas e um campo de futebol society; ciclovia de 3,5 km; clínicas e um campo de golfe com 18 buracos; centro náutico com praia de 1,3 km de extensão; centro eqüestre com cavalos e pôneis; turismo ecológico com caminhadas, trilhas, banhos de rio e rafting; passeios de catamarã pelo rio Sauípe, visitas ao Projeto Tamar e um Kid's Club com diversos brinquedos e uma extensa programação de atividades esportivas e culturais acompanhadas por monitores.

Toda noite, na Vila Nova da Praia, onde se concentra o comércio da Costa do Sauípe e se localizam seis pousadas - com um total de 167 apartamentos -, há atrações para todos os gostos: shows com músicos e intérpretes profissionais, apresentações de capoeira e grupos afros, feiras de artesanato, caricaturista, aulas de ginástica e técnicas circenses. Muitos barzinhos e 15 restaurantes - da culinária baiana à internacional - servem aos visitantes de todos os cantos do mundo.

Isso é a Costa do Sauípe, um lugar impossível de ser definido só com palavras. O melhor é aproveitar o Brasil Open e unir o útil ao agradável. Ver de perto as grandes feras do tênis, bater uma bola e curtir uma semana de férias ao som do mar do Sauípe. Operadoras de turismo tem pacotes tentadores para esta época do ano. Pense nisso. A gente se encontra lá.

Odir Cunha

Publicado em 16 de Janeiro de 2007 às 07:07


Torneio

Artigo publicado nesta revista