Nosso time

Editorial - Edição 138


Feijão

“País do futebol”, o Brasil definitivamente é uma nação em que as pessoas se acostumaram a torcer por suas seleções, de qualquer esporte. É na disputa entre países que o espírito do torcedor brasileiro se exalta mais e, a cada vitória, mesmo que seja do selecionado de um esporte tão fora da mídia quanto o rúgbi, pode inspirar.

No entanto, o tênis, assim como a natação, o atletismo, o automobilismo e outras modalidades individuais, costuma não atrair tanto essa paixão, a não ser quando já existe um ídolo consagrado, um Guga, um Ayrton Senna, um César Cielo etc. No mais, o brasileiro gosta mesmo é de times. Quando há uma equipe com as cores verde e amarelo, a coisa muda de figura.

Por sorte, o tênis possui a Copa Davis. Nela, o que importa é conjunto e nem sempre o time com o melhor jogador ganha, assim como no futebol. E o time brasileiro da Davis tem um histórico de “angariar” torcedores, como nos anos 1960, com Thomaz Koch e Edison Mandarino, ou em 1992, com Luiz Mattar, Cássio Motta, Jaime Oncins e Fernando Roese, ou em 2000, com Guga e Fernando Meligeni. Desde que Guga se aposentou, porém, o brasileiro não se sente muito animado com a competição.

No entanto, tudo mudou durante o confronto recente contra a Argentina – a partir do momento em que João Souza, o Feijão, conseguiu uma vitória épica no primeiro dia. Aí, voltamos a ser os torcedores de time que estamos acostumados a ser. Infelizmente, no final, perdemos, mas ganhamos uma equipe com tenistas que, se não conseguem levar o país sozinhos nas costas, em grupo podem surpreender.

Nesta edição, além de analisarmos esse novo time da Davis, mostramos como Feijão conseguiu elevar o seu nível para alcançar as grandes atuações que teve neste começo de ano. Fomos a fundo buscar as respostas e ainda detalhamos o seu forehand matador. Depois, ainda mostramos por que podemos apostar em nossos juvenis, em especial Orlando Luz, bicampeão do Banana Bowl. Aproveitamos para mostrar o que é preciso para fazer uma boa transição do tênis juvenil para o profissional e como os pais devem lidar com filhos que demonstram talento para o esporte. Tudo isso e muito mais você encontra por aqui.

Bom jogo!
Arnaldo Grizzo e Christian Burgos

Da redação

Publicado em 30 de Março de 2015 às 00:00


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Artigo publicado nesta revista

Feijão

Revista TÊNIS 138 · Março/2015 · Feijão

Como ele se tornou número 1 do Brasil e até onde pode chegar + desvendamos seu forehand matador