Fisioterapia

Lombar e quadril

Mantenha quadris e lombar saudáveis para ter um jogo mais consistente



Dor lombar pode vir da extensão demasiada do movimento do saque




Dores na parte lombar e no quadril podem impedir movimentos que você precisa executar em muitos de seus melhores golpes no tênis. Manter a força da parte central do corpo e estabelecer uma rotina de alongamentos pode mantê-lo jogando durante toda a temporada, afirma o Dr. James Duke, um cirurgião ortopedista de Ocala, no estado norte-americano da Flórida, que também é professor assistente da Universidade da Flórida. Ele descreve os três incômodos mais frequentes sofridos pelos tenistas na lombar e quadril, e os melhores métodos para preveni-los e tratá-los.


TORÇÃO E DISTENSÃO DA LOMBAR
A distensão do músculo lombar ocorre quando as fibras musculares são esticadas anormalmente ou distendidas. A torção lombar acontece quando os ligamentos – faixas de tecido que mantêm os ossos juntos – são rompidos de suas ligações. Diferenciar uma torção de uma distensão pode ser difícil, pois ambas as lesões têm sintomas similares. Quando a lombar está torcida ou distendida, a inflamação causa dor e espasmos musculares.

“Muitas dessas lesões vêm de estender demasiadamente o movimento do saque. É importante prestar atenção para manter uma técnica apropriada e condizente com a sua mecânica. Você quer ficar com um alinhamento apropriado”, diz o Dr. Duke.

Ele ainda aponta que uma fraqueza muscular pode levar a um estresse indevido na lombar. “Você pode girar seu tronco de certa forma e criar desequilíbrios que podem causar lesões que resultarão em mais rigidez e fraqueza. Isso pode se tornar um círculo crônico”, garante.

Tratamento: Para a rigidez do músculo lombar, tente a rotina de descanso, gelo e anti-inflamatórios. A chave é o alongamento antes e depois de jogar. Tente também uma compressa para relaxar a área rígida. “Há exercícios que ajudam os músculos abdominais e que podem ajudar as costas também. Experimente as estocadas, um movimento em que a espinha se autoestabiliza. Agarrar bolas medicinais também incorpora diversos grupos de músculos”, aponta o Dr. Duke.


TORÇÃO DO FLEXOR DO QUADRIL

Flexores do quadril são um grupo de músculos que movem o quadril para a frente enquanto corremos ou andamos. Geralmente, uma torção de primeiro grau envolve alongamento ou um leve rompimento do músculo, o que você pode sentir no quadril ou na parte de cima da coxa. Uma torção de segundo grau está associada a um rompimento parcial do músculo ou do tendão. No terceiro grau há um rompimento total.

“Estes são problemas comuns nos jogadores, pois não tendemos a alongar os flexores do quadril suficientemente. Minha sugestão objetiva uma melhor flexibilidade geral. Separe alguns minutos para alongar o quadril e virilha antes de entrar na quadra”, afirma o Dr. Duke.

Alongamentos para o quadril: Deite de costas. Puxe um joelho na direção do peito mantendo a outra perna no chão. Estique a frente da sua pélvis na direção da cabeça e incline-se para a frente. Você deve sentir um alongamento na frente do quadril na perna que está segurando. “Se você não for ágil o suficiente e correr atrás de uma bola, algo vai fazer barulho e você não saberá o que aconteceu”, diz o médico.


IMPACTO FEMUROACETABULAR

Essa condição resulta de muita fricção na junta do quadril, quando a bola (a cabeça femural) e o soquete (acetábulo) se atritam anormalmente. Pode ocorrer dano à cartilagem articular (a superfície branca suave da bola e do soquete) ou à cartilagem labral (o tecido suave antichoque do soquete).

“Torções agressivas podem levar a lesões da labral do quadril. O labrum é como o menisco do joelho, colágeno ao redor do aro do soquete. Uma lesão traumática desse tipo sempre acontece em atletas de alto nível e, se acontecer, você precisará ver um cirurgião. Isso pode levar a uma artroscopia para reparar as torções labrais e as anormalidades de cartilagem”, conta o Dr. Duke.

Tratamento: Essa lesão pode levar à cirurgia de troca de quadril, especialmente em pacientes muito velhos. “Muitos jogam duplas e, depois da cirurgia e da reabilitação, você será capaz de jogar com poucas restrições”, revela o médico.

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Allan Kreda

Publicado em 18 de Julho de 2011 às 07:14


Preparação Física/Fisioterapia

Artigo publicado nesta revista