Fisioterapia preventiva

Saiba como otimizar o importante trabalho de prevenção de lesões


Ron C. Angle/BEImages Sports

O ano de 2010 têm sido atípico para os fisioterapeutas. Estamos atendendo dezenas de pessoas, cada vez mais jovens, com lesões tanto de membros superiores quanto inferiores, a maioria por sobrecarga, e que poderiam ser diagnosticadas e prevenidas. Como? Grande parte das lesões em amadores, em membros superiores, está relacionada à técnica do esporte, equipamento incorreto (corda, tensão) e falta de preparo físico para a prática.

Vamos dar um exemplo típico, que mesmo trabalhando há 10 anos com tênis, demonstra que ainda nada mudou. Durante a avaliação do paciente, sempre perguntamos sobre o equipamento e a maioria não sabe o peso de sua raquete, qual corda utiliza e muito menos qual a tensão usada e o porquê.

Você sabia que uma raquete muito leve ou muito pesada pode lhe machucar? Sabia que as cordas de poliéster e nylon puros quase não se usam mais? Sabia que a maioria dos tenistas profissionais calibram a corda da raquete abaixo de 50 libras? Sabe se as suas raquetes são exatamente iguais (peso, equilíbrio, empunhadura)?

O equipamento é só uma parte dos fatores que causam uma lesão. Além de saber o que você está usando, é importante saber o porquê. (nas próximas edições abordaremos a relação do equipamento com as lesões e como evitá-las). Mas outro fator importante que boa parte dos amadores acham que não faz a diferença é o preparo do corpo para a prática do esporte. Você sabia que 50% da força para todos os golpes (forehand, backhand e saque) é gerada pelas pernas? É justamente por isso que o seu professor pega no seu pé para sempre flexionar os joelhos, certo?

Trabalho de prevenção O trabalho de prevenção, além de orientar o esportista sobre todos esses fatores, atua principalmente na correção dos desequilíbrios estruturais do corpo, fortalecimento de toda a cadeia muscular que são exigidos durante o gesto do esporte e é claro que tudo isso de uma forma funcional e específica do esporte. Para otimizar todo o trabalho de prevenção, sugerimos:

- Avaliação Isocinética: avalia a força muscular;
- Avaliação da pressão plantar: avalia a pressão exercida na planta dos pés solicitados durante o equilíbrio em pé. Será recomendada uma palmilha proprioceptiva, se for o caso;
- Avaliação Biomecânica: através de câmeras de vídeo, será realizada uma filmagem dos seus golpes, que serão posteriormente analisados para verificar a eficácia técnica e se há sobrecarga articular;
- Especialista em Fisiologia metabólica: o médico fisiologista, endocrinologista ou ortomolecular poderá lhe ajudar a verificar se há alguma disfunção metabólica importante interferindo em sua performance física e/ou mental.

Ricardo Takahashi

Publicado em 22 de Fevereiro de 2010 às 13:45


Preparação Física/Fisioterapia

Artigo publicado nesta revista