Raio-X - Brasil x Colômbia

Copa Davis chega a Sorocaba



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A torcida
• apaixonados ao redor do mundo assistiram a suas equipes jogarem a Copa Davis em 2007. O formato único de competição “casa e fora” ajuda a criar uma atmosfera especial na disputa.

• A final de 2004, entre Espanha e Estados Unidos, em Sevilha, recebeu o maior público da história, com recorde de 27,200 pessoas presentes a cada dia.

• A semana da Copa Davis é um evento nacional, uma celebração do desafio de um país, prestigiado por membros da realeza, chefes de Estado e heróis do esporte.

 

A cobertura televisiva
• Mais de 3,5 mil horas de jogos da Copa Davis foram transmitidos em 2007.

• A final entre Rússia e Argentina, em 2006, quebrou o recorde de cobertura televisiva da Copa Davis, com 29 canais transmitindo para mais de 160 países.

• A Copa Davis quase sempre é transmitida de forma gratuita nas emissoras locais, através de cadeias de TV pública, assim como os Grand Slams, as partidas internacionais de futebol e qualquer outra competição esportiva importante.

 

Os Jogadores
• Em 2007, todos os Top 10 masculinos foram inscritos para disputar a Copa Davis, além de 17 dos 20 melhores jogadores do mundo. Muitos deles não jogaram por pertencerem a países em que muitos bons jogadores disputam lugar na equipe titular.

• 520 jogadores participaram durante o ano, entre o Grupo Mundial e as competições das três zonas geográficas.

• Todos os atletas experimentam a emoção ímpar de representarem seus países, ao mesmo tempo em que passam a pensar como equipe, em um esporte focado principalmente no desempenho pessoal.

• Na Copa Davis, os jogadores enfrentam uma pressão diferente. Eles assumem mais os riscos por saberem que, se triunfarem, isto pode torná-los heróis nacionais. O jogadores responsáveis pela vitória ou derrota na competição carregam isso por toda a sua carreira, tornando-se uma das memórias mais valiosas quando estão às vésperas de abandonar o circuito.

 

Os patrocinadores
• A visibilidade da Copa Davis e seu alcance de milhões de pessoas ao redor do mundo em estádios, televisões e através da internet contribuem bastante para seu enorme apelo comercial.

• A Copa Davis é escolhida pelas maiores marcas do mundo, que se identificam com seus valores, como o trabalho de equipe, a paixão, o desafio, a superação das adversidades e a amizade entre as nações. O patrocinador do título, BNP Paribas, está às portas de completar seu sétimo ano de patrocínio.

• Os patrocinadores e parceiros internacionais podem ajustar seu envolvimento na competição de acordo com suas próprias estratégias de marca.

 

O website
• O website oficial, Daviscup.com, recebeu 13,6 milhões de acessos nos fins-de-semana de disputa do Grupo Mundial em 2007, e viu o recorde de visitas ser batido logo na primeira semana de competição.

• A final de 2006 atraiu o maior número de visitantes em uma decisão: foram mais de 410 mil visitas e 2 milhões de acessos na semana. A narração ponto- a-ponto por rádio, através da Davis Cup Radio, disponível no website, atraiu 40 mil conexões diferentes.

• O Daviscup.com oferece os placares das partidas ao vivo, reportagens dos confrontos, fotos, entrevistas em áudio, e programas de rádio durante as semanas de disputa, além dos bastidores dos duelos em vídeo. Há notícias e informações em áudio de todo o mundo.

• A seção de rádio e entrevistas está disponível aos fãs por podcast. Além disso, os visitantes também podem encontrar um jogo oficial da Copa Davis, disponível para telefones celulares.


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Uma história ilustre
• O que mudou na Copa Davis desde sua primeira edição, há 107 anos, foi a grandeza, mas não seu espírito. Dwight Davis sonhou uma competição com apenas duas nações, Estados Unidos e Grã-Bretanha, mas ela se tornou o maior evento esportivo entre equipes do mundo.

• 127 países entraram na Copa Davis por BNP Paribas em 2008, da elite do Grupo Mundial até os outros quatro grupos nos três zonais.

• Ano a ano, a competição ganha em história e notoriedade, e novas marcas e decisões são adicionados ao valioso troféu da Copa Davis. Porém, apenas 12 nações sentiram o prazer de vencê-la. Tanto os jogadores que disputam a Copa Davis como os admiradores que seguem a competição dividem o mesmo sonho de entrar para esta seleta elite.

Conheça mais sobre as regras da Copa Davis

Forma de disputa
A Copa Davis é jogada em sistema melhor de cinco partidas de cinco sets, com tie-break nos quatro primeiros. O quinto é sem desempate, ou seja, quem abrir vantagem de dois games (a partir do 4/4) sobre o adversário finaliza a partida. O país-sede é responsável pela escolha da cidade, do piso e da bola que será usada.

Programação
A Copa Davis tem uma programação fixa. Em todos os confrontos são realizados dois jogos de simples na sexta-feira, um de duplas no sábado e mais dois de simples no domingo. A ordem dos confrontos é definida na quinta-feira anterior ao início dos jogos. Se no último dia o duelo já estiver definido, os capitães podem decidir realizar as duas partidas em melhor de três sets. Pelo regulamento, os jogadores das duas últimas partidas de simples podem ser trocados até uma hora antes do início do jogo. A disputa abre com os dois número um de cada time jogando contra os número dois. No último dia, a ordem é invertida. As equipes podem ter no mínimo três jogadores e no máximo cinco, convocados pelo capitão do time até dez dias antes do início da competição. Podem haver duas convocações: a primeira elege os tenistas que treinarão na semana do confronto; a segunda, até um dia antes do sorteio, define os quatro nomes que irão para a disputa. A definição do local do confronto segue algumas regras: joga em casa o time que foi visitante na última vez em que os dois países se enfrentaram. Se nunca jogaram antes, a ITF realiza um sorteio. O Brasil sedia esse desafio porque no último confronto entre os dois países, em março de 2005, eles se enfrentaram no Centro de Alto Rendimento de Bogotá, na Colômbia.

O Capitão dentro das quadras
A Copa Davis tem algumas particularidades. Por ser uma disputa de equipes, é permitida a presença do capitão dentro de quadra. Diferente do circuito profissional, o capitão pode orientar o jogador durante a partida, mas apenas nas trocas de lado.

Torcida também tem regras
É permitido à torcida vibrar e se manifestar após a conquista dos pontos, mas atenção: não são permitidos exageros, como barulho durante o saque do adversário ou durante a disputa dos pontos. Se isso acontecer, o país-sede pode ser punido pelo árbitro, se ele julgar que isto está atrapalhando. Segundo o código de regras, a primeira punição é uma advertência, mas da segunda em diante o país perde pontos.

O Brasil na Copa Davis

O Brasil estreou na Copa Davis em 1932, na derrota por 5x0 para os Estados Unidos, com uma equipe amadora, formada por Nelson Cruz, Ricardo Pernambuco e Último Simone. A primeira vitória, porém, chegou cinco anos mais tarde, em confronto difícil contra o Uruguai, 3x2. Nos 59 anos em que o País disputou a Copa Davis, o Brasil conquistou 78 vitórias e sofreu 60 derrotas. A preferência inegável pelo saibro se reflete nos números. O País jogou nada menos que 72 vezes neste tipo de piso, e venceu 41 disputas.

Desde que o Grupo Mundial foi criado, em 1980, o País disputou a elite da Copa Davis por 11 vezes. Antes disso, porém, já havia jogado contra as maiores nações do mundo através da Zona Européia, durante a “era antiga” da Copa Davis.

Por duas vezes, o Brasil alcançou as semifinais do Grupo Mundial, seu melhor desempenho da história. Em 1992, o time de Jaime Oncins, Luiz Mattar, Cássio Motta e Fernando Roese fez história ao levar o país pela primeira vez às semis, depois de baterem a forte Alemanha de Boris Becker (3x1) e a Itália (também 3x1). Os brasileiros acabaram derrotados pela Suíça por 5x0, em Genebra.

O mesmo Jaime Oncins voltaria a igualar o feito oito anos depois, ao lado da geração de Fernando Meligeni e Gustavo Kuerten, que contava ainda com um jovem André Sá. O Brasil começou o ano vencendo a França de Arnaud Clement (4x1, devolvendo a derrota por 3x2 do ano anterior) e a batalha contra a Eslováquia de Karol Kucera (3x2). Na semifinal, contra a Austrália de Lleyton Hewitt na grama, o País voltou a ser eliminado por 5x0, dando adeus ao sonho de disputar sua primeira final.


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Thomaz Koch, nosso maior jogador
Um dos maiores jogadores de todos os tempos, Thomaz Koch será por muitos anos o grande nome do Brasil na Copa Davis. Ele é detentor de todos os recordes de vitórias e longevidade entre brasileiros na competição. Durante os 16 anos em que defendeu o País, jogou 138 jogos em 44 confrontos, venceu 74 partidas, 46 delas em simples e 28 em duplas, e teve apenas 44 derrotas, números não igualados até hoje. Ele também formou a melhor dupla brasileira de todos os tempos na Copa Davis, ao lado de José Edison Mandarino, com surpreendentes 23 vitórias e 9 derrotas. Sua última participação na principal competição entre nações do mundo foi em 1981, na derrota por 3 a 2 para a Alemanha, depois de ter levado o Brasil pela primeira vez ao Grupo Mundial da Copa Davis.

A ATUALIDADE NA FORMA DE DISPUTA
A Copa Davis sofreu diversas alterações ao longo dos anos até chegar ao formato em que é disputada atualmente, com 16 países no pelotão de elite, o Grupo Mundial, e outros oito no Grupo de Acesso, ou Play-off. Os oito perdedores da primeira rodada do Grupo Mundial disputam o direito de permanência na elite com os oito vencedores dos zonais continentais, nos Play-offs.
Para entrar neste seleto grupo de 16 nações é preciso vencer os zonais, divididos em:
Américas – Europa/África – Ásia Oceania
OS GRUPOS ZONAIS SÃO SUB-DIVIDIDOS EM:
Grupos 1, 2, 3 e 4
Dois dias depois da derrota para a Áustria na repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis em setembro, o Brasil foi confirmado pela ITF como segundo cabeça-de-chave no Zonal Americano I, graças à 24ª posição no ranking da entidade. Desta forma, a equipe verde-amarela saiu de “bye” na rodada de estréia e entra em ação apenas na semifinal, contra a Colômbia.
CONFIRA A CHAVE ABAIXO AMERICAS ZONE GROUP I 2008

Equipe Brasil

André Sá
Em 1997, estreou no circuito da ATP chegando às quartas-de-final na Cidade do México. No ano seguinte, jogou seu primeiro Grand Slam, em Wimbledon, mas caiu na estréia. Seu melhor ano na carreira profissional foi em 2002, quando alcançou as quartas-de-final no Grand Slam britânico, mas foi derrotado por Tim Henman. Com o desempenho, o mineiro chegou à 55ª posição no ranking mundial. André Sá formou parceria com Marcelo Melo pela primeira vez em Campos do Jordão, em 2006, quando conquistou o título do Challenger na serra paulista. Juntos, eles alcançaram a semifinal de duplas novamente em Wimbledon em 2007 e quebraram recordes do torneio: maior número de games em uma partida - 102 contra Paul Hanley e Kevin Ullyett - e a maior duração de um jogo na história, com 5h58.

Nascimento: Belo Horizonte (MG), 6/05/1977
Profissional desde 1996
Destro, 1,85m, 74kg
Ranking atual simples: 624 em 24/03/08
Melhor ranking de simples: 55 em 12/08/02
Ranking atual de duplas: 25 em 24/03/08
Melhor ranking de duplas: 25 em 01/10/07
Técnico: não tem

Na Copa Davis:
André Sá disputa a Copa Davis pelo Brasil desde 1997, quando estreou na vitória brasileira por 5x0 sobre a Nova Zelândia, em Florianópolis. Apesar de formar uma parceria de sucesso ao lado de Marcelo Melo, os dois mineiros nunca jogaram juntos na Copa Davis. Sua última participação foi em setembro do ano passado, em Innsbruck, na Áustria.

Marcelo Melo
Marcelo Melo encontrou em André Sá seu principal parceiro de duplas. Juntos, eles se tornaram a maior esperança do tênis brasileiro e despontaram no ranking mundial. Em 2007, eles viveram seus melhores momentos na carreira, alcançando as semifinais de Wimbledon, com partidas que chegaram a durar quatro horas. Logo depois Marcelo e Sá disputaram o U.S. Open, onde chegaram às quartas-de-final, e coroaram o ano com os títulos do ATP de Estoril, em Portugal, e do Challenger de Bermudas. Ele ainda ficou afastado por dois meses depois de flagrado no antidoping, mas voltou em novembro e faturou o título do Challenger de Buenos Aires, ao lado do argentino Martin Garcia. Em 2008, venceu os ATPs em Adelaide (com Garcia) e na Costa do Sauípe (com Sá).

Nascimento: Belo Horizonte (MG), 23/09/83
Profissional desde 1998
Destro, 2,03m, 87kg
Ranking atual duplas: 28 em 24/03/08
Melhor ranking de duplas: 25 em 17/09/07
Melhor ranking de simples: 273 em 21/11/05
Técnico: Daniel Melo

Na Copa Davis:
Esta é a primeira vez que Marcelo Melo disputa o maior evento entre nações do mundo. Na última participação brasileira da Copa Davis, em setembro do ano passado, ele foi convocado para integrar o time em Innsbruck, que perdeu diante os austríacos, donos da casa. A convocação foi feita justamente no período em que foi afastado por doping e, em função disto, pediu dispensa à comissão técnica.


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Marcos Daniel
Primeiro brasileiro no ranking mundial. Dos 58 jogos disputados no ano passado ele saiu com 38 vitórias e 20 derrotas. Em 2006, Daniel atingiu seu melhor ranking na carreira. Com os resultados positivos ele entrou no Top 100, alcançando a 80ª posição na ATP.

Nascimento: Passo Fundo (RS), 04/07/78
Profissional desde 1997
Destro, 1,80m, 79kg
Ranking atual simples: 110 em 24/03/08
Melhor ranking de simples: 80 em 19/06/06
Ranking de duplas: 247 em 24/03/08
Melhor ranking de duplas: 102 em 05/12/05
Técnico: Larri Passos

Na Copa Davis:
Pela terceira vez o gaúcho disputa a maior competição entre nações. Ele estreou em 2004, ano em que o Brasil perdeu em casa por 3x2 diante o Paraguai, na Costa do Sauípe. Em abril de 2006, Daniel atuou na semifinal do Zonal Americano I, em solo equatoriano, confronto no qual o Brasil voltou ao play-off do Grupo Mundial. Ao lado de Andé Sá, ele marcou o terceiro ponto no placar geral, no duelo com Carlos Avellan e Nicolas Lapentti, e o Brasil fechou com 4x0 em cima do Equador. Ainda esteve presente no confronto contra Suécia, em Belo Horizonte, porém não ficou entre os quatro escolhidos. No ano passado Daniel aceitou o convite para substituir um dos titulares da equipe brasileira, que jogou em Innsbruck contra a Áustria, porém não atuou na repescagem do Grupo Mundial por ter se machucado durante os treinos.

 

Thomaz Bellucci
É uma das mais jovens promessas do tênis brasileiro, que ganhou força no ranking internacional. Ele joga torneios que valem pontos para o ranking ATP desde 2004, mas se profissionalizou em 2005, quando esteve abaixo dos 800 do mundo. Em apenas dois anos, Bellucci saltou mais de 600 posições no ranking mundial, ascensão que levou o mais jovem membro do time brasileiro, de apenas 20 anos, ao posto de número dois do País. Conquistou recentemente seu primeiro torneio de nível Challenger, em Santiago, no Chile. Ele vive atualmente o melhor momento da carreira.

Nascimento: Tietê (SP), 30/12/87
Profissional desde 2005
Canhoto, 1,87m, 80kg
Ranking atual simples: 144 em 24/03/08
Melhor ranking de simples: 143 em 10/03/08
Ranking atual de duplas: 157 em 24/03/08
Melhor ranking de duplas: 158 em 10/03/08
Técnico: Leonardo Azevedo

Na Copa Davis:
Bellucci fez sua primeira participação na Copa Davis em setembro de 2007, depois do pedido de dispensa de Marcelo Melo e a contusão de Marcos Daniel. Logo de cara, assumiu a responsabilidade de abrir o confronto contra a Áustria, em piso escolhido pelos donos da casa: o carpete. Na estréia, ele teve de encarar o número um local, Jurgen Melzer, e não se intimidou, apesar da diferença de ranking – 206 posições. Bellucci jogou bem, aproveitando seu forte saque diante do melhor jogador do país-sede. No final, o Brasil perdeu por 4x1, resultado que novamente levou o País ao Zonal I Americano.

 

Entrevista com Francisco Costa

O que pode fazer a diferença na equipe brasileira neste confronto com a Colômbia?
O fato de jogar em casa é um trunfo, com a nossa torcida apoiando nossos jogadores.

Que características você vê na atual safra do tênis brasileiro? De que maneira os “veteranos”podem ajudar esta nova geração?
Temos alguns jogadores jovens despontando, mas que ainda precisam de mais experiência. Alguns já têm esta bagagem, mas não estão em seu melhor momento. Nosso trabalho vai ser colocar tudo na balança e tomar as melhores decisões.

Quando Gustavo Kuerten estava no topo, o Brasil tinha nele pontos com os quais certamente poderia contar. A dupla Melo e Sá pode ser considerada um trunfo como ele?
No tênis não existe nada garantido. O Guga levou a equipe nas costas durante alguns anos, mas não foi suficiente para que chegássemos às finais. A dupla de Marcelo Melo e André Sá está jogando em um excelente nível, mas não podemos esquecer que eles nunca atuaram juntos em uma Copa Davis.

Que cuidados o Brasil deve ter com a equipe colombiana?
A equipe deles é forte e homogênea. Eles têm ótimos jogadores de simples, (Alejandro) Falla e (Santiago) Giraldo, e dois reservas que podem compor a dupla se necessário. Vai ser um confronto decidido nos detalhes.

Que importância Guga teve na sua geração, que é contemporânea a dele?
A partir do momento em que ele chegou ao topo, todos passamos a acreditar um pouco mais em nós mesmos.

COMISSÃO TÉCNICA:
Francisco Costa (capitão)
28/06/1973 - Porto Alegre (RS)
Melhor ranking:
140o em 08/05/2000

João Zwetsch (técnico)
12/09/1968 – São Leopoldo (RS)
Melhor ranking: 231o em 17/06/1991


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Equipe Colômbia

Juan Sebastian Cabal
Cabal é, junto a Giraldo, uma das principais promessas do tênis colombiano. Ele tem se dado bem no circuito Future, e chegou a conquistar bons resultados em Challengers disputados na Colômbia. Com 22 anos a completar em 2008, Cabal tenta neste ano superar o Top 300 e, quem sabe, se aproximar dos 200 melhores do mundo.

Nascimento: Cali, Colômbia, 25/04/1986
Profissional desde: 2003
Destro, 1,78m, 70kg
Ranking Atual: 306
Melhor ranking de simples: 306 em 10/03/08
Ranking atual de duplas: 769
Melhor ranking de duplas: 576 em 19/03/07
Técnico: Felipe Berón e Ricardo Sánchez

Na Copa Davis
Juan Sebastian Cabal nunca atuou pela Colômbia na Copa Davis, mas tem sido convocado pelo capitão Felipe Beron como reserva da equipe.

 

Carlos Salamanca
Aos 25 anos, Salamanca vem de sua melhor temporada em simples, em 2007. O colombiano furou o Top 250 com o título do Challenger de Bogotá, depois de vencer Bellucci na final. Assim como seus companheiros de equipe, Salamanca obteve a maioria de seus bons resultados em casa, e é especialista em duplas.

Nascimento Bogotá, Colômbia, 15/01/83
Profissional desde: 1995
Canhoto, 1,94m, 82kg
Ranking Atual: 308
Melhor ranking de simples: 272 em 19/03/07
Ranking atual de duplas: 498
Melhor ranking de duplas: 365 em 15/08/05
Técnico: Felipe Berón e Ricardo Sánchez

Na Copa Davis
Da mesma geração da Copa Davis de Giraldo e Quintero, Carlos Salamanca é o jogador oficial de duplas da Colômbia desde sua estréia, em 2002.

 

Santiago Giraldo
Aos 20 anos, Santiago Giraldo é a principal promessa da Colômbia. Em seu segundo ano como profissional, Giraldo já teve bons resultados, chegando perto do Top 100 depois de dois títulos em quatro finais de Challenger em 2007. Neste ano, perdeu para Daniel em Bogotá.

Nascimento: Pereira, Colômbia, 27/11/87
Profissional desde: 2006
Destro, 1,85m, 76kg
Ranking Atual: 141
Melhor ranking de simples: 115 em 30/04/07
Ranking atual de duplas: 442
Melhor ranking de duplas: 442 em 14/05/07
Técnico: Ricardo Sánchez

Na Copa Davis
Giraldo estreou na Copa Davis em 2006, aos 18 anos. Em fevereiro deste ano, marcou o ponto decisivo nos 3 a 2 contra o Uruguai.

Michael Quintero
O experiente Michael Quintero, que completa 28 anos e surpreendentes 13 anos de circuito profissional em 2008, nunca conseguiu grandes resultados em simples fora do circuito Future. Quintero chegou ao seu melhor ranking em 2007, quando derrotou nada menos que quatro brasileiros (Sá, Mello, Dutra e Silva e Saretta, nesta ordem), chegou à final do Challenger de Campos do Jordão (SP), e acabou derrotado na final pelo argentino Brian Dabul.

Nascimento: Medellín, Colômbia, 11/07/80
Profissional desde: 1995
Destro, 1,74cm, 73kg
Ranking Atual: 287
Melhor ranking de silmples: 245 em 12/11/07
Ranking atual de duplas: 302
Melhor ranking de duplas: 272 em 23/10/06
Técnico: Sem técnico

Na Copa Davis
Michael Quintero é o único remanescente da equipe que enfrentou o Brasil nas quartas do Zonal II Americano, em 2005. Naquele confronto, Quintero perdeu para Ricardo Mello (3x0) em simples e cedeu o ponto decisivo nas duplas, ao lado de Pablo Gonzalez, para André Sá e Bruno Soares. Na história da Davis, ele se destaca em simples, com 12 vitórias e apenas 3 derrotas. Em duplas, tem apenas uma vitória em cinco jogos.

 

Alejandro Falla
O número um colombiano, de apenas 25 anos, vem de sua melhor temporada, em 2007. Depois de bons resultados na série Challenger, Falla tentou a sorte em ATPs e chegou longe, com a semifinal do ATP de Lyon, na França, no ano passado. Neste ano ele segue buscando bons resultados em ATPs, conseguiu uma vitória em Memphis (EUA) e chegou à segunda rodada do Aberto da Austrália.

Nascimento: Cali, Colômbia, 14/11/1983
Profissional desde: 2000
Canhoto, 1,85m, 76kg
Ranking Atual: 79
Melhor ranking de silmples: 79 em 03/03/08
Ranking atual de duplas: -
Melhor ranking de duplas: 306 em 12/01/04
Técnico: Felipe Berón e Ricardo Sánchez

Na Copa Davis
Alejandro Falla é o principal nome da Colômbia na Copa Davis. O canhoto de 25 anos é um dos principais responsáveis por levar os colombianos da terceira divisão americana à semifinal do zonal contra o Brasil. Seu aproveitamento na competição impressiona, com 17 vitórias e apenas uma derrota em jogos de simples. Em duplas, seu desempenho também é bom, com oito vitórias e quatro derrotas. Sua estréia foi em 2001, com derrota, no confronto contra o Uruguai nas duplas, ao lado de Pablo Gonzalez. Neste ano, também contra os uruguaios, venceu suas partidas de simples.


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Entrevista com Felipe Berón

Quais são os pontos fortes desta equipe colombiana na Copa Davis?
A principal força da equipe colombiana é a união do grupo. Não só dos jogadores, mas também da comissão técnica e da federação. Além disso, temos um grupo de jogadores importantes, como o Alejandro Falla, que tem muita experiência na Copa Davis e uma trajetória importante, que certamente o traz bem preparado para qualquer duelo. Santiago Giraldo é um jogador jovem, que vem jogando muito bem, mas seu desempenho não seria o mesmo sem os outros jogadores, Michael Quintero, Carlos Salamanca, e até Sebastian Cabal, que está melhorando seu ranking no circuito profissional.

Como foi sua carreira profissional?
Comecei como jogador juvenil, me destacando em nível nacional. Joguei alguns torneios profissionais, mas não tive boas atuações e decidi estudar psicologia, ainda sem me desvincular do tênis. Continuei no esporte como diretor e treinador de seleções nacionais, participei de oito Giras Cosat, seis campeonatos sul-americanos juvenis e cinco mundiais. Desde 1996 estou vinculado à equipe Colsanitas de Tênis, fui capitão da Fed Cup por BNP Paribas por dois anos e continuo realizando giras em torneios Futures, Challengers, ATPs e WTAs.

Quais são as características da atual geração do tênis colombiano?
A característica principal nesta nova geração é que os jogadores têm muito intercâmbio internacional desde a categoria juvenil, isto traz boas bases técnicas e permite que eles estejam focados totalmente no profissionalismo.

O rodízio de jogadores foi essencial na vitória contra o Uruguai (a Colômbia levou a classificação por 3x2 com os quatro jogadores atuando na disputa). Isto pode se repetir contra o Brasil?
Foi uma estratégia importante para ganhar, sabíamos que os pontos de Pablo Cuevas eram fundamentais para o Uruguai, assim como para nós os de (Alejandro) Falla. Poristo, decidimos cuidá-lo somente para os jogos de simples. Contra o Brasil, as coisasserão diferentes e dependendo da situação e do momento decidiremos quem joga.

A Colômbia nunca chegou ao Grupo Mundial da Copa Davis. O que falta para o tênis do país?
Eu acredito que estamos muito próximos de conseguir um posto no Grupo Mundial, temos jogadores importantes. Só nos falta consolidar uma boa parceria de duplas.



Entrevista com Cesar Kist

Cesar Kist assumiu o Departamento de Capacitação da CBT em um momento delicado. Com a mudança de gestão na entidade, ele assumiu o desafio de encabeçar o que ele chama de “coração” da confederação, responsável pela atualização e formação dos professores que ajudarão os tenistas de amanhã. Em pouco tempo, foi apontado pela mídia como um dos pontos fortes da CBT. Sempre centrado e correto quando se expressa, ele nunca deixou de fato as quadras, e continua mostrando habilidade entre os veteranos do esporte.

Onde você nasceu e como começou a carreira?
Eu nasci em Santa Cruz do Sul (RS), que é uma cidade tradicional de tênis. Lá existia a fábrica das bolas brasileiras Mercur. Comecei a jogar com sete anos de idade, por influência de uma de minhas irmãs que jogava. Com o tempo, percebi que tinha jeito, fui ganhando os campeonatos locais, estaduais, até que eu comecei a jogar outros torneios mais sérios. Nessa fase da minha formação, tive o privilégio de treinar com dois grandes técnicos: Kakichi Sugino e o ex-campeão brasileiro Iarte Adam, os quais foram muito importantes para a minha carreira.

Como foi sua carreira juvenil e sua transição para o profissionalismo?
Eu fui um bom juvenil, mas estourei mesmo com 17/18 anos, quando terminei o colegial e passei a me dedicar exclusivamente ao tênis. Terminei o ano como número um juvenil do Brasil e juntamente com Fernando Roese fomos a semifinal da Sunshine Cup. A partir daí, muitas boas oportunidades apareceram (patrocínios, wild card em torneios Challengers e Grand Prix) e me firmei na carreira.

E a partir daí, você foi para o profissional?
Fui. Naquela época, o nível de competição aqui já era muito forte, principalmente por causa do grande número de torneios ATP que havia no Brasil. Tínhamos mais de 20 semanas de torneios Challengers e Grand Prix (atuais ATP Tour). Fui melhorando o desempenho até que cheguei ao ranking de 119 (1986) em simples e 79 (1987) em dupla, participando da equipe da Davis em 1986.

Como era seu estilo de jogo?
Eu era um jogador bem completo, tinha todos os golpes, mas nenhum sensacional. Talvez um saque melhor pudesse ter me levado mais para frente. Tinha um ótimo físico e mental, tive uma boa estrutura nesta parte. Se eu fosse apontar alguma coisa que pudesse me levar mais longe, além do saque, eu diria que seria uma melhor gestão da carreira. É uma coisa muito sutil, mas importantíssima.

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E este seu equilíbrio emocional, vem do tênis?
Aprendi a ter controle emocional, descobri a importância disso no jogo e passei a desenvolver este lado mental e a pesquisar sobre o tema. Foi o Iarte Adam, durante a minha formação, dos 11 até os 17 anos, que me ensinou muito sobre isso. Eu ia à escola e treinava a concentração, lia livros sobre a importância deste aspecto dentro e fora das quadras.

E a decisão de parar, como foi?
Foi muito consciente. Em abril de 93 nasceu meu primeiro filho, e eu comecei a pensar seriamente no assunto. Tinha uma família, meu ranking não era mais tão bom e já tinha 11 anos de circuito. Eu ainda tinha que cumprir meu contrato com um clube alemão para um torneio interclubes na metade do ano seguinte. Então decidi que cumpriria o meu contrato na Alemanha e a partir dali deixaria as quadras.

E o que fez depois disso?
Tinha planejado me estabelecer em um local, mas começaram a aparecer outras boas oportunidades. Fui treinador de dois jogadores japoneses: Gouichi Motomura e Kyoko Nagatsuka. Com Motomura trabalhei durante três anos; chegou a ser o número um do Japão, jogando Copa Davis durante todos estes anos. Com Nagatsuka (que chegou a 28 do mundo) trabalhei um ano; acompanhei-a em todos os torneios Top onde conseguiu resultados importantíssimos (vitória sobre Martina Hingis; na Fed Cup Japão contra Alemanha, em parceria com Sugiyama, ganhou o ponto decisivo nas duplas vencendo a Steffi Graf e Anke Huber). Após este período decidi que era o tempo de me estabelecer em um lugar. Então abri minha academia, a Cesar Kist Tennis, em Alphaville.

 

E como você assumiu o Departamento de Capacitação da CBT?
Depois da mudança de gestão que aconteceu na CBT , os tenistas foram se envolvendo cada vez mais. Grande parte dos jogadores e treinadores que se envolveram e apoiaram as mudanças na entidade se dispuseram a colaborar no que fosse preciso. O grupo achou que eu tinha o perfil para tocar o Departamento de Capacitação. Inicialmente comecei junto com o Fábio Silberberg e Mauro Menezes. Fui para um curso continental em Buenos Aires para me aprofundar no tema e a partir daí passei a me dedicar pesquisando e buscando informações com as principais nações do mundo do tênis para desenvolver o tênis brasileiro. Acredito que o Departamento de Capacitação é o meio-campo de toda a CBT. Está ligado a todas as áreas da confederação e poderíamos chamá-lo de Departamento de Desenvolvimento.

E o projeto Play and Stay, qual a importância dele?
O Play and Stay nos foi apresentado em 2007, durante uma reunião da ITF (Federação Internacional de Tênis). Eu acho que ele tem tudo a ver com a necessidade do tênis brasileiro, e vem para mudar o conceito do esporte. Atualmente está sendo implantado em todo o mundo e é o que de mais atualizado há. A idéia é promover o tênis como um esporte fácil, divertido e saudável, a fim de trazer mais praticantes. Para isso há toda uma metodologia e estudos que o respaldam. O principal desafio ainda é a estruturação e o comprometimento dos professores, pois são eles que farão o programa dar certo. Todos os projetos para o tênis podem passar por muitos setores, porém quem vai executar estas iniciativas é o professor, técnico e treinador. São eles que fazem o tênis se desenvolver. Se eles não estiverem preparados, não há desenvolvimento. E nós trabalhamos para que eles se formem e se atualizem a cada dia.

 

Reservas e Juvenis

João Olavo Souza
Mais conhecido como “Feijão”, João Olavo Souza começou a jogar tênis aos nove anos. Passou a trilhar o caminho do profissionalismo com 16 anos, quando se destacou no Banana Bowl. Desde então é uma das revelações da era Guga. Em 2007, Feijão conseguiu três títulos em torneios Futures pelo Brasil (Brasília, Santos e Fortaleza). Neste ano, ele manteve o bom momento - vem de duas semifinais de Challenger no Chile e México e do campeonato no Future de Bucaramanga - e vive a melhor fase da carreira.

Nascimento: Mogi das Cruzes (SP), 27/05/1988
Canhoto, 1,87m, 80kg
Ranking atual simples: 213 em 24/03/08
Melhor ranking de simples: 248 em 03/03/08
Ranking de duplas: 267 em 24/03/08
Melhor ranking de duplas: 258 em 11/02/08
Técnico: Ricardo Acioly

 

Franco Ferreiro
Viveu seu melhor momento da carreira em 2004, quando enfrentou jogadores Top 20 do mundo e tornou-se conhecido por ser um jogador guerreiro. Em 2006 e 2007 acumulou seis títulos em Futures no Brasil e mais dois em Challengers. No ano passado, venceu a etapa de Assunção da Copa Petrobras, fazendo uma campanha impecável e, com isto, subiu 95 posições no ranking da ATP. O gaúcho de Uruguaiana nunca havia sido convocado para integrar a equipe brasileira da Copa Davis

Nascimento: Uruguaiana (RS) 01/07/84
Destro, 1,87m, 81kg
Ranking atual simples: 224
Melhor ranking de simples: 187 em 19/04/04
Ranking de duplas: 262
Melhor ranking de duplas: 141 em 12/09/05
Técnico: sem técnico

 

Daniel Silva
É uma das grandes promessas do tênis brasileiro e atualmente vive seu melhor momento na carreira. Em 2007 sagrouse campeão de dois Futures, um em casa e outro em solo argentino. No último confronto da Copa Davis contra o Canadá, em Florianópolis, Daniel Silva integrou a equipe juvenil, convidada para treinar ao lado dos convocados Flávio Saretta, Thiago Alves, Ricardo Mello, Marcos Daniel, André Sá, André Ghem, Rogério Dutra Silva (seu irmão) e Gustavo Kuerten.

Nascimento: São Paulo (SP) 05/07/88
Canhoto, 1,76m, 69kg
Ranking atual simples: 380 em 24/03/08
Melhor ranking de simples: 376 em 04/02/08
Ranking de duplas: 894 em 24/03/08
Melhor ranking de duplas: 846 em 11/02/08
Técnico: Treinado pela equipe da EGA


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Promessas para o futuro

Quatro juvenis convocados para acompanhar a equipe brasileira representam a próxima geração do tênis brasileiro

A comissão técnica do Brasil na Copa Davis resolveu dar a quatro jovens talentos do tênis brasileiro a oportunidade de acompanhar a equipe do País na principal competição entre equipes do mundo. José Pereira Jr., Rafael Camilo, Tiago Fernandes e Guilherme Clezar sentirão pela primeira vez o que é fazer parte de um time que representa o Brasil na Copa Davis.

O pernambucano José Pereira Jr. é indubitavelmente o principal destaque juvenil brasileiro de 2008 até aqui. Campeão de três etapas da Gira Cosat (na Bolívia, Paraguai e na Copa Gerdau) e duas semifinais (Peru e Banana Bowl), José Pereira chegou ao posto de sétimo melhor juvenil do mundo pela ITF. Dono de grande força física e mental, ele desponta em seu primeiro ano na categoria 18 anos, ao lado do técnico Patrício Arnold, como uma grande promessa.

Se Pereira Jr. está em seu primeiro ano como juvenil, Rafael Camilo pode ser considerado “experiente” na categoria. Às vésperas de assumir a responsabilidade do profissionalismo, Camilo deixa a categoria juvenil com resultados expressivos e também já se firmando no circuito Future. Em 2008, abandonou a transição à fase adulta para disputar pela última vez a Copa Gerdau, em Porto Alegre, e parou nas quartas. Em Futures, ele tem no currículo duas finais, em Londrina (PR) e Criciúma (SC).

Já Guilherme Clezar e Tiago Fernandes têm oportunidade de ganharem a bagagem José Pereiranecessária para voarem mais alto no juvenil. Fernandes tem como principal resultado as quartas-de-final da Prince Cup, nos Estados Unidos, no fim de 2007. Já o jovem Guilherme Clezar, de 15 anos, disputou poucas partidas na categoria 18 anos. Foi campeão do torneio juvenil Copa Thomas Engel no ano passado e do Master da Credicard Citi Mastercard Juniors Cup, na categoria 16 anos.

Da redação

Publicado em 7 de Abril de 2008 às 14:12


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Artigo publicado nesta revista