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Conheça as três lesões mais comuns que acometem os punhos dos tenistas

Mantenha esta parte essencial do corpo funcionando corretamente


Punho de Novak Djokovic

As mãos de Novak Djokovic seguram a raquete durante a final do US Open 2018. USTA/Garrett Ellwood

Uma lesão no pulso pode arruinar seu jogo por meses. Jogadores ansiosos, que mesmo estando machucados insistem em jogar, acabam agravando ainda mais o problema, afirma o Dr. Steven Beldner, médio especialista em cirurgias de punho do Beth Israel Hospital, em Nova York. Abaixo, o Dr. Beldner identifica as três lesões de punho mais comuns em tenistas e a melhor maneira de prevenir ou tratá-las.

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Lesão na fibrocartilagem triangular

Afeta o lado ulnar do punho (o lado do dedo mindinho). Os tecidos moles do punho atuam em conjunto para estabilizar a articulação. Uma lesão pode causar mais do que uma distensão.

"Você pode não perceber quando o estrago for feito", afirma Dr. Beldner. "A lesão vai se desenvolvendo por excesso de uso da mão, e também pode ser vista na mão não dominante por conta do backhand de duas mãos". Geralmente ocorre por conta da empunhadura Western, que força o punho para o topspin e acaba girando-o de maneira desfavorável.

Tratamento: Na maioria das vezes, descanso e apenas uma tala já irão ajudar a curar a lesão. Outras vezes, é necessário dar injeção de cortisona, para diminuir o inchaço.

Em destaque, a mão de Juan Martin del Potro, que sofreu com lesões no punho em boa parte da carreira, durante o torneio de Wimbledon em 2018. Foto: AELTC/Florian Eisele

Lesão no gancho do hamato

O hamato é um pequeno osso que fica no lado de fora (mesmo do dedo mindinho) do punho. Ele tem a forma de um gancho, que se projeta para fora, e por isso é mais suscetível a fraturas.

"A ponta da raquete se apóia neste osso e, ao longo do tempo, pode causar uma fadiga óssea por stress ou até mesmo uma fratura completa", explica Dr. Beldner. "É uma lesão por excesso de uso que também pode acontecer por conta de quedas. Meu conselho é aprimorar o footwork e o equilíbrio e manter as bolas que não estão em jogo fora da quadra".

Prevenção: "Mexa o punho tanto quanto possível, para mantê-lo flexível. Se sentir um desconforto, use um protetor de punho", aconselha Dr. Beldner. "Se você sentir uma dor crônica no pulso, isso provavelmente está relacionado com o seu grip. Tentar jogar apesar da dor não é a solução. Isso só vai agravar o problema".

Tendinite no punho

A Síndrome de Quervain é uma inflamação dos dois tendões do polegar que causa a compressão destes. É mais comum em mulheres e geralmente é provocada por movimentos contínuos da empunhadura. Já a tendinite ECU é uma inflamação no tendão extensor ulnar do carpo causada principalmente por movimentos que flexionam a mão para trás.

Tratamento: Assim como outras lesões desse tipo, Dr. Beldner sugere o método do descanso, gelo, compressão e elevação (RICE, em inglês), além de uma tala para manter o punho imóvel. Ele também aconselha o jogador a tomar alguns anti-inflamatórios. "Depois de cinco ou sete dias, faça compressas de água quente na região, pois isso fará aumentar a circulação de sangue e deve ajudar a limpar o organismo das substâncias causadoras da inflamação".

Casos mais graves podem necessitar injeção de cortisona ou até mesmo cirurgia para reparar o tendão e seu revestimento. "Cerca de 80% das tendinites se encaixam nestes dois tipos explicados acima, e a maioria delas não precisa de cirurgia", finaliza Dr. Beldner.

Allan Kreda

Publicado em 5 de Abril de 2019 às 10:00


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