Brasil open 10

O ATP brasileiro celebra 10 anos nesta temporada. Sendo assim, selecionamos 10 grandes momentos que ocorreram na Costa do Sauípe


fotos: João Pires/ Marcelo Ruschel/Fotojump

1. Bicampeonato de Guga em 2004

Gustavo Kuerten voltava ao circuito após a segunda cirurgia no quadril. Era o primeiro ano do Brasil Open em quadras de saibro. Guga era um dos favoritos, mas sofreu para vencer seus jogos desde a primeira partida. A torcida, que compareceu em peso, apoiou incondicionalmente o ídolo. O catarinense derrotou três argentinos (Franco Squillari, Jose Acasuso e Agustin Calleri) em sequência para conquistar o bicampeonato. A final contra Calleri foi épica e, devido à chuva, foi disputada em dois dias.

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2. Despedida de Guga em 2008

Uma das cenas mais emocionantes dos 10 anos de história do Brasil Open certamente ocorreu em 2008. Guga havia anunciado uma turnê de aposentadoria e jogaria o ATP brasileiro pela última vez. O tricampeão de Roland Garros não conseguiu segurar as lágrimas após o fim da partida contra o argentino Carlos Berlocq e levou todos os que estavam acompanhando o jogo no local ou pela televisão aos prantos.

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3. Menino prodígio surge em 2005

Quando Rafael Nadal pisou no Sauípe em 2005 já chamou a atenção. O garoto de apenas 18 anos era apontado como uma grande promessa. No entanto, o espanhol logo se tornou uma realidade. No Brasil Open daquele ano, ele fez um jogo espetacular contra Ricardo Mello na semifinal e acabou por vencer o primeiro dos 11 títulos que conseguiria na temporada, incluindo Roland Garros. Nadal se instituía como o tenista a ser batido nas quadras de saibro.

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4. O primeiro título de Guga em 2002

Após perder na estreia em 2001, Kuerten não queria decepcionar a torcida no ano seguinte e jogou para vencer o torneio nacional, mesmo já tendo passado pela primeira cirurgia no quadril. Na final, ele enfrentou o argentino Guillermo Coria, que na época era tido como um jovem talentoso e viria a ser vice-campeão de Roland Garros dois anos depois. Este jogo também ficou marcado na história da competição com a vitória do catarinense vindo somente no tiebreak do terceiro set, após quase 3h30 de jogo e com direito a match-point salvo pelo brasileiro.

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5. Bellucci desencanta em 2009

O jovem Thomaz Bellucci era a grande esperança brasileira em 2009, mas ainda tinha pouco experiência em torneios maiores. No entanto, aos 21 anos, ele surpreendeu na Costa do Sauípe, lidando bem com a pressão por jogar em casa, vencendo jogos importantes e atingindo a final. Na decisão, enfrentou Tommy Robredo, teve grandes chances, mas ficou com o vice. Seu primeiro título de ATP, contudo, viria em agosto, em Gstaad, na Suíça.

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fotos: João Pires/ Marcelo Ruschel/Fotojump

6. Meligeni dá show em 2001

Guga, número um do mundo na época, perdeu na estreia. Porém, outro brasileiro, Fernando Meligeni suou muito nas quadras da Costa do Sauípe para alcançar a final da primeira edição do torneio. Ele lutou com muita raça contra o tcheco Jan Vacek na decisão, levantou o público com seus usuais malabarismos, mas ficou com o vice.

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7. Cañas volta com vontade em 2007

Após suspensão por doping, Guillermo Cañas havia retornado ao circuito no fim de 2006 e começou uma ascensão meteórica. Convidado pela organização do Brasil Open em 2007, o argentino foi amplamente superior a todos os rivais que enfrentou e terminou o torneio sem perder um set sequer. Sua habilidade em contra-atacar foi essencial e seria sua arma durante todo o ano, quando derrotou Roger Federer por duas vezes.

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8. O Brasil das duplas em 2008

Com Guga dizendo adeus às quadras e sem brasileiros na segunda rodada de simples em 2008, alguém precisava "salvar a pátria". Sendo assim, André Sá e Marcelo Melo chamaram para si a responsabilidade de representar bem o Brasil e venceram o torneio. Sempre com jogos emocionantes, os mineiros encantaram a platéia. O sucesso da parceria continuou e eles terminaram o ano em nono lugar no ranking.

9. Dois top 20 na final em 2003

Guga vinha forte novamente para o Brasil Open de 2003, mas, na semifinal ele esbarrou na extrema regularidade do alemão Rainer Schuettler, top 5 na época. Na final, no entanto, quem se deu melhor foi o holandês Sjeng Schalken, que também estava entre os 20 primeiros do ranking.

fotos: João Pires/ Marcelo Ruschel/Fotojump
fotos: João Pires/ Marcelo Ruschel/Fotojump

10. Estoura o boicote à Davis em 2004

O Brasil Open sempre foi movimentado dentro e fora das quadras. Em 2004, além da formidável vitória de Guga, outro fato chamou a atenção. Foi lá, na Costa do Sauípe que os principais tenistas brasileiros anunciaram que boicotariam a Copa Davis daquele ano por descontentamento com a direção da CBT, que na época tinha como presidente Nélson Nástas.

Arnaldo Grizzo

Publicado em 27 de Janeiro de 2010 às 07:14


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