"Brasil, minha segunda casa"

Juan Carlos Ferrero, campeão do Brasil Open em 2010, revela seu amor pelas terras brasileiras, onde tem casa


fotos: Fotojump e Douglas Daniel

Quantas vezes costuma vir ao Brasil? O que gosta de fazer aqui?
Venho, no mínimo, duas vezes por ano. Uma para o torneio e outra no fim de novembro para as férias. Gosto de pegar ondas com a prancha de bodysurf, de passear pela praia de Guarajuba, jantar na Praia do Forte ou em Salvador.

Quando está de férias, sempre vem para cá?
Nos últimos anos, sempre que tenho férias, escolho vir a Salvador. Nesse último ano, em dezembro, David Ferrer e sua namorada também vieram. Ficamos muito bem e eles ficaram encantados com Guarajuba, com a Bahia e as pessoas daqui.

"Gostaria de abrir uma academia como a que
tenho na Espanha também no Brasil"

Você abriu um hotel de luxo na Espanha. Por quê? Pretende abrir hotéis em outros lugares?
Estou contente com esse pequeno hotel. É um lugar muito especial para ficar alguns dias. Gostaria de fazer um projeto parecido no Brasil, assim como gostaria de abrir uma academia como a que tenho na Espanha também no Brasil.

O que faz com que siga jogando tênis?
O tênis me deu tudo e segue me motivando a entrar em quadra, com pessoas que querem te ver jogar; e isso faz com que eu tenha momentos felizes fazendo o que sei fazer. Mas, além disso,quando jogo bem, quando ganho uma partida, ou um torneio, sinto que meu trabalho continua me recompensando. Em 2010, mesmo que alguns problemas físicos não tenham me deixado jogar continuamente, estou muito contente com os três torneios que ganhei e a maneira como joguei. Isso me faz seguir em frente. E quando me aposentar como tenista, possivelmente pensarei em ajudar jovens tenistas. Gosto quando vejo jovens que têm real interesse em ser bons jogadores.

Se pudesse escolher outra profissão, qual seria?
Gostaria de ser piloto de motociclismo. Tenho vários amigos entre eles. Ou então jogador de futebol. Quando estou em Guarajuba, adoro jogar peladas que organizamos aos sábados à tarde no condomínio Paraíso.

O que acha de Robredo e Almagro, que serão dois grandes adversários no Brasil Open 2011?
São dois dos melhores tenistas do mundo e, em saibro, são capazes de vencer qualquer um. Tenho uma relação magnífica com eles, são amigos. Tommy porque desde pequenos convivemos em muitas competições e equipes, e Nico porque vive perto da minha academia e, nos últimos anos, ficamos muito amigos. Mas, nas quadras da Costa do Sauípe, vou tentar ganhar deles para repetir o êxito do ano passado. Ganhei todos os torneios que ocorrem na Espanha, como Madrid, Valência, Barcelona, mas me deu muita satisfação ganhar o ATP no Brasil, que para mim é minha segunda casa.

Arnaldo Grizzo

Publicado em 14 de Janeiro de 2011 às 12:42


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Artigo publicado nesta revista