Australian Open

Apesar de ser um Grand Slam, o Australian Open, pela sua distância e fuso horário, sempre ficou um pouco em segundo plano. Mas, em 2010, a Revista TÊNIS esteve lá pela primeira vez e conta como é o tênis na terra dos cangurus, ou coalas, se preferir


Não é novidade para ninguém, muito menos para nosso leitor, que um torneio de Grand Slam tem algo especial e diferente de todos os outros. Além do próprio valor financeiro e profissional, são repletos de glamour, atenção, atraem os olhares de todos os amantes do esporte pelo planeta. As grandes estrelas do circuito se reúnem, quatro vezes ao ano, e propiciam momentos históricos e inesquecíveis. É a mistura de nações, de culturas, de emoções.
Em Wimbledon, o mais conhecido entre todos os torneios de tênis, a tradição fala mais alto. As roupas de cores extravagantes ficam de lado e os tenistas revivem as peças brancas e clássicas. Em Roland Garros, o charme que só Paris tem toma conta do evento, repleto de glamour e elegância. E no US Open, seguindo a própria cultura do país, a modernidade e a tecnologia falam mais alto - encabeçadas pela maior quadra de tênis do mundo, o Arthur Ashe Stadium.

Porém, há um dos quatro Grand Slams que, injustamente, acaba ficando em segundo plano. Não pelos jogadores, claro, que sempre o prestigiam. Mas, sim, por ligeira parte da mídia e dos torcedores. Disputado na bela e também charmosa Melbourne, o Australian Open é, para muitos no mundo do tênis, quase que uma "terra desconhecida". Assim como era também, até esse ano, para nós da Revista TÊNIS.
Instigada em desvendar e conhecer mais a fundo o "misterioso" torneio, estivemos pela primeira vez na Austrália e, acreditem, nos surpreendemos com a estrutura e o clima do primeiro Grand Slam da temporada. Se não tem o mesmo "status" dos outros três Majors, tem em sua animada e descontraída torcida um diferencial que o faz único e especial.

Ao melhor estilo "México-Austrália", banda anima o público

Organização britânica

Sempre apontada entre as 10 cidades do mundo com a melhor qualidade de vida, Melbourne certamente pode ser considerada uma das mais belas metrópoles do planeta. Se a praia não faz jus à tradição das belas areias de Sydney e do resto do país, o centro tem uma mescla de história e modernidade que dá às suas ruas um cenário todo especial. Museus, igrejas, galerias, tudo mesclado com modernos prédios, hotéis e cassinos.
Para dar um toque ainda mais "saudável" às paisagens, belos e floridos parques são destinos frequentes da população, que assim como todos os conterrâneos têm uma preocupação enorme com a saúde e a qualidade de vida.

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Mas tem um parque em especial, menos florido e mais moderno, que é um dos maiores orgulhos dos australianos: o Melbourne Park. Ali, entre quadras, telões, bares e muitas outras atrações, já passaram as maiores lendas do tênis mundial, esporte muito amado e praticado no país. É ali que todo ano, mais precisamente no mês de janeiro, Federer, Nadal e cia se reencontram em busca do primeiro grande título da temporada.
Ponto de encontro obrigatório, o complexo recebe mais de 500 mil pessoas nas duas semanas de disputa, além de presenciar uma comemoração ainda mais especial no dia 26 - o Australia Day (dia da Austrália, em português). E é justamente essa apaixonada torcida que ajuda a deixar o torneio ainda mais belo e conhecido. Com rostos pintados, coloridas fantasias, faixas sempre regadas de muito bom humor, os australianos - e pessoas de todas as partes do mundo - dividem as atenções com os maiores astros do circuito embaixo do estonteante calor do verão local. Milhares de pessoas por dia, todas as atenções voltadas para o evento - o maior do esporte no país. Logo nós, brasileiros, já começamos a pensar em algumas coisas que estamos acostumados por aqui. Como será o trânsito? Será que não é muito difícil chegar ao complexo? E o transporte público? E a segurança?

Sempre repletos de bandeiras e cores que representam o país, torcida australiana é famosa por sua animação

Se essas dúvidas o fazem titubear na hora de seguir para um evento como esse, não se preocupe. Fazendo jus à colonização britânica, os australianos jamais pecam na organização, e não seria justamente no Australian Open que quebrariam essa rotina. Todos os torcedores que já adquirem antecipadamente seus ingressos têm o direito de usar o transporte público, de graça, para seguir rumo a Melbourne Park. A melhor opção, principalmente para os turistas - em sua maioria hospedados no centro - são os chamados "Trams" (bondes). Já para os que se encontram em regiões mais afastadas da cidade, os trens comuns são os mais procurados, lembrando que algumas linhas de ônibus também levam torcedores ao local.

Uma vez adquirido seu ingresso e adentrado um dos mais famosos complexos do tênis, é hora de conhecer as opções (e não são poucas!) de lazer e comidas para acompanhar os sempre grandes jogos. Como em todo evento de porte, os "fast foods" dominam a preferência dos torcedores. Cachorros quentes, hambúrgueres, batatas fritas. Tudo regado com muito refrigerante e muita, mas muita cerveja. Porém, os australianos têm, sim, uma preocupação especial com a saúde e a qualidade de vida. Em seu maior torneio, portanto, não poderiam deixá-la de lado. Um estande em especial é muito procurado pelos "saudáveis", que podem encontrar frutas típicas do estado, sucos e água mineral.
Já no quesito diversão, são ainda mais opções para "confundir" a cabeça do público. No sempre muito procurado Grand Slam Oval, uma espécie de praça dentro do complexo, uma série de opções fazem um dia em Melbourne Park ainda mais especial. Lá você pode medir a velocidade de seu saque, jogar partidas de tênis em um moderno vídeo-game que simula os movimentos dos atletas, passar por sessões de massagens e até mesmo realizar um "check-up" rápido em sua saúde. Além disso, lojas oficiais estão espalhadas por todo espaço e você pode levar para casa uma lembrança do Grand Slam australiano.

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O complexo de Melbourne Park tem "feira", sala de check-up de saúde grátis, videogame para divertir a meninada, bonés com cores de bandeiras de cada país, lojas de souvenirs com fotos dos ídolos, opções de fast-food, também restaurantes para quem quer comer algo mais saudável etc

Se o objetivo é adquirir um souvenir, então, outro espaço é bastante recomendável. Uma barraca traz quadros com momentos históricos do torneio, com lendas do esporte em ação em conquistas inesquecíveis.
Para os mais fanáticos, são duas as barracas mais procuradas. Na primeira, o torcedor pode pintar o rosto de graça com as cores ou bandeiras de seu país. Na segunda, completa o visual com um divertido e colorido chapéu, caracterizando ainda mais a torcida pelos ídolos nas arquibancadas.
Ao final da tarde, após acompanhar várias partidas e se divertir bastante nos estandes dos patrocinadores - tudo de graça, claro - os amantes do tênis podem curtir um show, sempre com famosas atrações australianas. É sempre um artista ou uma banda por dia, dividindo as atenções com os tenistas dentro de quadra.

Um por todos , todos por um !

Há praticamente um consenso de que, historicamente, a Austrália nunca trouxe grandes lembranças para o tênis brasileiro. Maria Esther Bueno venceu o torneio "apenas" na chave de duplas. E Guga sequer passou da terceira rodada.
Esse cenário, aliado a outros fatores técnicos e práticos, afastam um pouco os tenistas brasileiros de Melbourne, com muito deles preterindo o torneio australiano para jogar challengers na América do Sul. Sendo assim, a "delegação" do País na Austrália é sempre bastante reduzida. Já entre os jornalistas, o quadro é ainda mais complicado. Em 2010, a Revista TÊNIS era a única representante da imprensa brasileira cobrindo o torneio direto de Melbourne.

Do outro lado mundo, milhares de quilômetros e 25 horas de distância (duração da viagem de avião, entre vôos e escalas), os poucos brasileiros acabam sempre andando juntos, tanto para treinamentos e passeios pela cidade. Vá a um restaurante, na maior parte das vezes italiano - preferência dos atletas - e encontre as estrelas do nosso tênis sempre na mesma mesa, em descontraídas conversas. O contato com os torcedores, representados pelos brasileiros moradores de Melbourne, também é comum por lá. Atenciosos, os tenistas dedicam alguns minutos para autógrafos e fotos, o que os faz sentir um pouco mais em casa mesmo do outro lado do mundo. Essa união, embora pareça lógica vendo de fora, não é tão comum no circuito. Os tenistas de outros países, claro, são amigos e convivem sempre muito bem, mas a relação dos brasileiros é realmente diferenciada. Dá para ver de longe, e depois de perto - saindo para jantar e conversando com os atletas - que a amizade reina entre os conterrâneos no circuito.
Durante os jogos, misturado aos torcedores estão os próprios atletas, torcendo pelos colegas como se fossem simples amantes do tênis. Os juvenis, que chegam na segunda semana para a disputa entre os garotos, também têm a oportunidade de conviver ao lado dos profissionais, sempre muito atenciosos e divertidos. Não exatamente por isso, mas certamente ajudado por essa convivência, Tiago Fernandes levou o Brasil ao primeiro título juvenil de Grand Slam em sua história.

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De encher os olhos !

Se a primeira impressão que fica em Melbourne Park é de um complexo moderno, bonito e estruturado, uma breve olhada no projeto de reformulação do parque nos deixa ainda mais impressionados. Anunciado no início de 2009, o projeto enche os olhos de quem o vê.
Já moderna, a Rod Laver Arena passará por algumas reformas. Porém, entre as quadras, a maior alteração ficará por conta da Margaret Court Arena, a terceira principal do torneio. Hoje descoberta, ganhará cobertura retrátil e sofrerá intensa reformulação.

Outra novidade ficará por conta da área dos jogadores e da imprensa. Hoje instalados no interior da Rod Laver, atletas e jornalistas se alojarão em um novo e moderno prédio que será construído. Pouco ao lado, um shopping será erguido no espaço que hoje abriga as quadras de fundo. Se perde as quadras de trás, o evento ganha novas quadras cobertas voltadas exclusivamente para treinamentos, o que não impedirá a atividade dos jogadores mesmo em dias de chuva. Já para a torcida, a grande mudança fica por parte da cobertura do hoje chamado Grand Slam Oval, onde ficam as maiores atrações ao público. Logo ao lado, a bela Hisense Arena também passará por ligeiras reformulações. A previsão para a conclusão de todas as obras é para 2016, mas algumas já devem ser vistas nas próximas edições. Vale a pena aguardar.

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Organização quer promover uma grande reforma em Melbourne Park e a principal mudança ficará por conta da quadra Margareth Court (abaixo), que ganhará moderna cobertura retrátil

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Um dos poucos brasileros no Australian Open, Jorge Cotrim foi voluntário como boleiro e pôde estar perto dos tenistas brasileiros e de outros ídolos

Estranho no ninho

Entregar uma bolinha a Roger Federer, oferecer uma toalha a Rafael Nadal, estar a menos de um metro de Maria Sharapova. Esse é o grande sonho de um "Ball boy" (boleiro, no Brasil). Em Melbourne, onde vive há quatro anos com os pais, o goiano Jorge Cotrim é o único representante brasileiro entre os mais de 200 garotos que trabalham dia e noite para que as grandes estrelas possam jogar com tranquilidade o primeiro Grand Slam da temporada. Um dos melhores juvenis do ranking nacional australiano (atualmente figura na 45ª colocação), Jorge, prestes a completar seus 16 anos, já tem muitas histórias para contar. No Brasil, chegou a morar em Goiânia, Belo Horizonte, Belém e Brasília, seguindo os passos do pai - Cesar Cotrim, profissional do meio de telecomunicações. E foi justamente da capital Federal que o menino, então com 12 anos, rumou para o outro lado do mundo para viver na Austrália.
Se a vida lhe fez tomar vários destinos, pelo menos uma paixão Jorge sempre levou consigo por todos os lugares que passou: o tênis. Ainda com nove anos, começou a dar suas primeiras raquetadas, inspirado, claro, em Gustavo Kuerten. Porém, não seria o brasileiro o maior inspirador para o "Ball boy". Com fala mansa, típica do centro-oeste do país, o menino não esconde a admiração por Roger Federer.

"No começo, meu ídolo era o Guga, mas logo comecei a admirar o Federer. Ele é meu grande ídolo", confessa o goiano. E foi inspirado no suíço que Jorge procurou, um ano após chegar a Melbourne, a organização do Grand Slam australiano para se inscrever entre os milhares de candidatos ao cobiçado cargo de boleiro do torneio.
"Um amigo australiano me contou sobre o processo de seleção, que a gente podia se inscrever pela internet. Entrei, fiz dois testes e passei", lembra o menino, que já está em seu segundo Australian Open.

O trabalho não é nada fácil. São oito horas diárias em baixo do forte sol do verão australiano. Porém, nada que desanime o brasileiro. "A chance de estar diante de alguns de meus ídolos compensa qualquer coisa. Ano passado cheguei a trabalhar no jogo do (Gael) Monfils e outro do (David) Nalbandian, que na época era um dos meus tenistas preferidos", lembra Jorge. Contudo, engana-se quem pensa que o garoto já se dava por satisfeito no início do campeonato. "Quero mesmo é pegar um jogo do Federer ou do Nadal, na Rod Laver. Isso seria um grande sonho". Essa oportunidade, infelizmente, o garoto não teve, mas 2010 será marcado em sua vida como o ano em que, finalmente, trabalhou na quadra central, entregando bolas para Novak Djokovic.

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Para isso, no entanto, o goiano teve que trabalhar duro. Os garotos são avaliados diariamente, em notas de 1 a 5. "Eles olham se a gente está rolando a bola direitinho, se não estamos nos atrapalhando no posicionamento, se estamos fazendo tudo como combinado", revela o boleiro. "Conforme a gente vai sendo bem avaliado, podemos ser chamados para os grandes jogos, onde só vão os garotos que estiverem realmente trabalhando muito bem".
Se preencherem todos os requisitos, se forem bem avaliado nos "jogos menores", os garotos finalmente são chamados para uma quadra maior, para jogos de tenistas de grande expressão. A recompensa, além de poder estar diante dos ídolos, não é financeira, mas vem através de algumas regalias. Os garotos recebem 20 dólares australianos diários para alimentação, 80 dólares de transporte para as duas semanas de torneio e mais uma série de brindes dos patrocinadores oficiais do evento - que vão de tênis, roupas, meias e até raquetes.

Oportunidade para poucos. Jovem Thomas Takemoto treina na Rod Laver Arena

Viagem dos sonhos

Uma quadra central de Grand Slam está para os tenistas como o Coliseu está para os romanos, como o Maracanã está para o futebol. Com o perdão da comparação, é ali que ocorreram e ainda ocorrem os maiores momentos da história do tênis, grandes duelos que marcaram época e emocionaram legiões de fãs ao longo das últimas décadas.
Ainda um país sem muita tradição no tênis, infelizmente, o Brasil não é presença muito frequente nestas quadras. Já foi, claro, nos tempos de Maria Esther e Guga. E esperamos que volte a ser, com Bellucci e muitos outros. Mas, no geral, foram pouquíssimos os brasileiros que tiveram a chance de pisar nesses "templos sagrados" do esporte.

E entre esse seleto grupo, após o Australian Open 2010, pode-se colocar o jovem e ainda desconhecido Thomas Takemoto. Um dos melhores juvenis brasileiros nos 18 anos, o paulista - que sequer completou 17 - certamente jamais esquecerá as experiências que viveu nos últimos meses. Primeiro, teve a rara e importante chance de realizar a pré-temporada no final do ano ao lado dos profissionais Thiago Alves, Ricardo Hocevar e Bellucci - em Angra dos Reis. Após agradar, foi convidado pelo número um do Brasil para seguir junto com sua equipe, que partiria para a série de torneios na Oceania e culminaria justamente em Melbourne Park.
"É muito bacana estar ao lado dos melhores do Brasil, treinando, batendo bola junto com eles. Quando o Thomaz (Bellucci) e o João (Zwetsch) me convidaram para viajar, nem pensei duas vezes", conta o garoto. Assim, pela primeira vez na ainda promissora carreira, Takemoto teria a chance de conhecer e viver de perto o circuito profissional.

Porém, muita coisa ainda estava guardada para o jovem paulista. A primeira surpresa veio em Brisbane, na Austrália. De uma vez, Takemoto recebeu duas notícias, uma boa e uma ruim. A ruim? Teria que abandonar o almoço no meio, correndo. A boa? Deveria estar em cinco minutos na quadra para treinar com o francês Gael Monfils. "Foi uma situação bem engraçada. Tinha me alistado como ''sparring'' do torneio, então se aparecesse alguém que não tinha parceiro para treinar eu era chamado", conta o garoto, lembrando a importância de momentos como esse. "A gente bateu por volta de 40 minutos e deu para treinar legal, aguentei bem a bola dele. Foi uma sensação muito boa, o vi de igual para igual do outro lado da quadra". Já em Melbourne, onde seguia ajudando a equipe de Bellucci em sua preparação, algo ainda maior estava reservado. O sorteio da chave principal havia colocado Hocevar para estrear diante de Lleyton Hewitt, justamente na quadra central do complexo. "O Ricardo me chamou para o único treino que teria na Rod Laver. Passei pelo corredor que tem as imagens de todos os ex-campeões. Na hora de entrar na quadra não parava de me arrepiar. Mas, o mais legal mesmo foi ver um amigo jogar lá, alguém em quem eu me espelho bastante, foi uma grande motivação para mim, me fez querer ainda mais chegar lá".

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Takemoto foi sparring para Gael Monfils

Missão cumprida? Hora de voltar ao Brasil? Não sem antes aumentar ainda mais o currículo. "Dois dias depois estava aquecendo o Bellucci na Hisense (Arena, a segunda principal quadra do parque). Ao meu lado na quadra estava o Roddick, ex-número um do mundo. Foi incrível estar do lado de todas essas feras, conviver e sentir que um dia ainda posso chegar aonde eles chegaram". Passada a "viagem dos sonhos", hora de Takemoto voltar à rotina. Seguiu para os torneios do circuito Cosat, onde tenta conquistar pontos importantes na luta por uma vaga nos Grand Slams juvenis.
"Volto mais experiente, com ainda mais vontade de treinar e trabalhar. Sei que preciso passar por todas essas etapas ainda para, se tudo der certo, voltar para lá (Austrália) como profissional".

Resultados finais australian open 2010

Simples
Roger Federer (SUI) v. Andy Murray (GBR)
6/3, 6/4 e 7/6(11)

Serena Williams (USA) v. Justine Henin (BEL)
6/4, 3/6 e 6/2

Duplas
Bob e Mike Bryan (USA) v. Daniel Nestor (CAN) e Nenad Zimonjic (SRB)
6/3, 6/7(3) e 6/3

Venus e Serena Williams (USA) v. Cara Black (ZIM) e Liezel Huber (USA)
6/4 e 6/3

Cara Black (ZIM) e Leander Paes (IND) v. Ekaterina Makarova (RUS) e Jaroslav Levinksy (CZE)
7/5 e 6/3

Juvenis
Tiago Fernandes (BRA) v. Sean Berman (AUS) 7/5 e 6/3

Karolina Pliskova (CZ E) v. Laura Robson (GBR) 6/1 e 7/6(5)

Duplas
Justin Eleveld e Jannick Lupescu (NED) v. Kevin Krawietz e Domink Schulz (GER)
6/4 e 6/4

Jana Cepelova e Chantal Skamlova (SVK) v. Timea Babos (HUN) e Gabriela Dabrowski (CAN)
7/6(1) e 6/2

José Eduardo Aguiar

Publicado em 22 de Fevereiro de 2010 às 12:11


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Artigo publicado nesta revista